#CADÊ MEU CHINELO?
segunda-feira, 31 de maio de 2010
COMIDA É PASTO
Você tem fome de que?
:txt: Monsenhor Jacá*
Eu já disse muitas vezes em outros espaços: “quem hoje diz que funk, tecnobrega, pagode e rap não é música, há cem anos atrás dizia que samba não era música e negro não era gente”. Mas por que a expressão cultural de pessoas que vivem com precárias condições financeiras não é válida ou é pior? Qual a razão pra não reconhecer a poesia dum povo cercado por tráficos, drogas, bandidos e prostitutas? Quem disse que a influencia do banditismo da periferia não pode, mas a convivência familiar com criminosos de colarinho branco pode sim.
Outro dia um amigo me disse que Porto Alegre é a cidade do rock, pois aqui a galera ouve rock'n'roll, “bicho”. Retruquei: “é nada, aqui a galera ouve pagode, funk, axé, gauchesco e sertanejo; quem ouve rock é a galerinha que frequenta a Independência”. O cara ficou doido. “Como assim, Jacá? Tá louco meu?! Isso é coisa lá na pra Bahia, Goiás, Rio”. Se você tem mais de um neurônio, leitor, sabe que estou certo.
Se “galera” se resume ao seu círculo de amigos e familiares, talvez seja rock, ou jazz, ou samba, etc. Mas a imensa galera que habita a Restinga, a Alvorada, o Campo da Tuca, o Viamão, entre outros tantos lugares distantes mais de uma hora do centro da capital, para onde vai e vem todos dias bater ponto por um mísero salário, ah, essa galera não ouve rock. Se ouvisse, o Porão do Beco seria na Santa Isabel, nos Canudos ou na Mathias Velho.
É esse tipo de preconceito musical pelo qual me rebelo. Parece que só é bom aquela chatice de Chico Buarque, com suas letras proparoxítonas e seus shows caros exclusivos pra barão com estrelinha vermelha do partido no peito assistir. Essa é a música popular brasileira que você conceitua? Música dum fidalgo feita pra aristocratas? Chico Buarque é exatamente isso. Ele não joga bola no areião do Vidigal, e sim no campinho do presidente e no time dos ministros. Essa nossa “MPB” é nojenta. (Nossa não! Deles).
Eu tenho me divertido muito com aquilo que eu defino de música popular brasileira de verdade. O som que vem da vila, do morro, da periferia e do subúrbio. E não é só por questão social. A estética é surreal. Há um assalto autoral, músicas são sampleadas, riffs de guitarra plagiadas, letras traduzidas sem nenhum nexo com as originais. Também há um intenso e movimentado mercado informal ao redor da música. O tecnobrega de Belém do Pará é um exemplo sempre citado por muitos teóricos que defendem ponto de vista parecido com o meu.
Em tempos de internet e tecnologia avançados, com amplo acesso da população, em velocidades de conexão e modernização jamais imaginados, o roubo autoral, o plágio, o remix e a total desobediência ao copyright é a bandeira da subversão. Foda-se o autor, dane-se a propriedade intelectual. E quando os piratas modernos trazem a voz da marginalidade oprimida por 510 anos de escravidão pela classe política dominadora que este ano briga por mais quatro anos de sequencia desse modelo falido, aí sim é que os tornamos nossos heróis revolucionários de hoje, pois a rebeldia deles não é disputar o poder, mas talvez atingi-lo através de arte subversiva.
Se você pensa semelhante ou a partir de agora pode reformular seus conceitos, mas não conhece muitos artistas dessa geração pirata, procure no oráculo e baixe o som deles: Deize Tigrona, DJ Cremoso, João Brasil, Viviane Batidão, MC Marcinho, M.I.A., DJ Topo, DJ Lucio K, Chernobyl, Edu K.
* o autor deste texto pode ser você, basta me plagiar. O roubo é livre!
** este texto também foi publicado na edição impressa do Jornalismo B, porém com um trecho censurado. Aqui você o tem na versão original, sem a tesoura de Fidel
:txt: Monsenhor Jacá*
Eu já disse muitas vezes em outros espaços: “quem hoje diz que funk, tecnobrega, pagode e rap não é música, há cem anos atrás dizia que samba não era música e negro não era gente”. Mas por que a expressão cultural de pessoas que vivem com precárias condições financeiras não é válida ou é pior? Qual a razão pra não reconhecer a poesia dum povo cercado por tráficos, drogas, bandidos e prostitutas? Quem disse que a influencia do banditismo da periferia não pode, mas a convivência familiar com criminosos de colarinho branco pode sim.
Outro dia um amigo me disse que Porto Alegre é a cidade do rock, pois aqui a galera ouve rock'n'roll, “bicho”. Retruquei: “é nada, aqui a galera ouve pagode, funk, axé, gauchesco e sertanejo; quem ouve rock é a galerinha que frequenta a Independência”. O cara ficou doido. “Como assim, Jacá? Tá louco meu?! Isso é coisa lá na pra Bahia, Goiás, Rio”. Se você tem mais de um neurônio, leitor, sabe que estou certo.
Se “galera” se resume ao seu círculo de amigos e familiares, talvez seja rock, ou jazz, ou samba, etc. Mas a imensa galera que habita a Restinga, a Alvorada, o Campo da Tuca, o Viamão, entre outros tantos lugares distantes mais de uma hora do centro da capital, para onde vai e vem todos dias bater ponto por um mísero salário, ah, essa galera não ouve rock. Se ouvisse, o Porão do Beco seria na Santa Isabel, nos Canudos ou na Mathias Velho.
É esse tipo de preconceito musical pelo qual me rebelo. Parece que só é bom aquela chatice de Chico Buarque, com suas letras proparoxítonas e seus shows caros exclusivos pra barão com estrelinha vermelha do partido no peito assistir. Essa é a música popular brasileira que você conceitua? Música dum fidalgo feita pra aristocratas? Chico Buarque é exatamente isso. Ele não joga bola no areião do Vidigal, e sim no campinho do presidente e no time dos ministros. Essa nossa “MPB” é nojenta. (Nossa não! Deles).
Eu tenho me divertido muito com aquilo que eu defino de música popular brasileira de verdade. O som que vem da vila, do morro, da periferia e do subúrbio. E não é só por questão social. A estética é surreal. Há um assalto autoral, músicas são sampleadas, riffs de guitarra plagiadas, letras traduzidas sem nenhum nexo com as originais. Também há um intenso e movimentado mercado informal ao redor da música. O tecnobrega de Belém do Pará é um exemplo sempre citado por muitos teóricos que defendem ponto de vista parecido com o meu.
Em tempos de internet e tecnologia avançados, com amplo acesso da população, em velocidades de conexão e modernização jamais imaginados, o roubo autoral, o plágio, o remix e a total desobediência ao copyright é a bandeira da subversão. Foda-se o autor, dane-se a propriedade intelectual. E quando os piratas modernos trazem a voz da marginalidade oprimida por 510 anos de escravidão pela classe política dominadora que este ano briga por mais quatro anos de sequencia desse modelo falido, aí sim é que os tornamos nossos heróis revolucionários de hoje, pois a rebeldia deles não é disputar o poder, mas talvez atingi-lo através de arte subversiva.
Se você pensa semelhante ou a partir de agora pode reformular seus conceitos, mas não conhece muitos artistas dessa geração pirata, procure no oráculo e baixe o som deles: Deize Tigrona, DJ Cremoso, João Brasil, Viviane Batidão, MC Marcinho, M.I.A., DJ Topo, DJ Lucio K, Chernobyl, Edu K.
* o autor deste texto pode ser você, basta me plagiar. O roubo é livre!
** este texto também foi publicado na edição impressa do Jornalismo B, porém com um trecho censurado. Aqui você o tem na versão original, sem a tesoura de Fidel
sábado, 29 de maio de 2010
DO PÓ VIESTE, AO PÓ VOLTARÁS
A lacuna fora de era entre a queda do muro de Berlin e o Onze de Setembro foi repleto de lama.
:txt: Tiago Jucá
O breve século XX acaba, com precisão, na queda do muro de Berlin, a obra mais vergonhosa da humanidade. Com o fim da 'era dos extremos', muito bem definido por Eric Hobsbawm, terminava também os divertidos anos 80. A década que morria nos tirou algumas esperanças. Sem cortina, podemos ver a terrível cara do socialismo, um mundo atrasado, nivelado por baixo, calado por medo. Sem Lula e sem Brizola por aqui, e com o Bush e o Saddan em guerra de televisão.
Na música, alguns ruídos dos anos 80 baixaram o tom, e o som modernizou. Nas cores, o cinza tapou o arco-íris, e quando o sol reapareceu, as flores voltaram borrados de psicodelia. O punk renascia lisergicamente. Sonic Youth era a demência pura, Pixies uma versão mais pop pra converter os mais conservadores. "Ceremony", relançado no disco Substance, do New Order, unia os anos 70 aos 90 sem passar pelos 80. O mais comedido foi Lou Reed, e a substancial obra-prima New York, seu melhor disco de carreira solo. E ainda tinha Sugarcubes, The Stone Roses, Tecnotronic, 808 State.
Aqui no Brasil, há nomes que antecipam os alicerces dos anos 90, fundamentais pra geração de caranguejos dos mangues e urubus dos morros invadir o asfalto. De Falla, Edgard Scandurra e Fellini são a tríplice combustão que encerra um período, aduba outro, porém parece não ter um capítulo próprio na música brasileira. Algumas bandas já haviam atingido o ápice, casos de Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Ira, Barão Vermelho, Camisa de Venus, Kid Abelha e Engenheiros do Hawaii, e rumavam, todos, pra curva descendente.
Nossa esperança, digo dos mais vanguardistas já suficientemente cansados do oitentismo e descobrindo as dificuldades adultas (recém eu havia feito a primeira escolha da vida entre alguns cursos secundários oferecidos), era o suicídio. O herói, Kurt Cobain.
Sem ver minha seleção campeã do mundo desde que havia nascido (e poderia ter mais uns 5 anos, e também não teria visto), enfim vem Romário e o tetra. O plano Real de FHC desinflacionou qualquer alternativa com discurso coerente a realidade da época de nos guiar. Sem rumo, sem bandeira, sem ideologia pra viver, pois nossos heróis morriam de AIDS, surge a insurgência Zapatista chicana. Na Europa, monta-se as barricadas, e pro confronto, os Black Blocks tomam a frente anárquica. O caos acordava após algumas décadas de sono, e na lama do Recife deram o pontapé necessário pra tirar a cidade da mesma fedentina do dia anterior.
É quando descobrimos que somos úteis ao mundo, muito mais do que antes, pois a partir de então soubemos que nós dependemos de nós.
* * *
Nos últimos dias, demos uma renovada na programação d'O DILÚVIO Space Radio. Mais de 50 músicas novas foram incluidas, nas quais destacamos os artistas citados nesta postagem.
Alguns discos, fundamentais pra derrubada dos 80, tiveram mais músicas colocadas na radio pra ilustrar melhor a época e o próprio álbum. São esses:
De Falla - It's Fuckin' Boring'To Death
Fellini - Amor Louco
Edgard Scandurra - Amigos Invisíveis
vários - Sanguinho Novo
Lou Reed - New York
Sonic Youth - Sister
Sugarcubes - Life's Too Good
Pixies - Doolittle
The Stone Roses - The Stone Roses
New Order - Substance
:txt: Tiago Jucá
O breve século XX acaba, com precisão, na queda do muro de Berlin, a obra mais vergonhosa da humanidade. Com o fim da 'era dos extremos', muito bem definido por Eric Hobsbawm, terminava também os divertidos anos 80. A década que morria nos tirou algumas esperanças. Sem cortina, podemos ver a terrível cara do socialismo, um mundo atrasado, nivelado por baixo, calado por medo. Sem Lula e sem Brizola por aqui, e com o Bush e o Saddan em guerra de televisão.
Na música, alguns ruídos dos anos 80 baixaram o tom, e o som modernizou. Nas cores, o cinza tapou o arco-íris, e quando o sol reapareceu, as flores voltaram borrados de psicodelia. O punk renascia lisergicamente. Sonic Youth era a demência pura, Pixies uma versão mais pop pra converter os mais conservadores. "Ceremony", relançado no disco Substance, do New Order, unia os anos 70 aos 90 sem passar pelos 80. O mais comedido foi Lou Reed, e a substancial obra-prima New York, seu melhor disco de carreira solo. E ainda tinha Sugarcubes, The Stone Roses, Tecnotronic, 808 State.
Aqui no Brasil, há nomes que antecipam os alicerces dos anos 90, fundamentais pra geração de caranguejos dos mangues e urubus dos morros invadir o asfalto. De Falla, Edgard Scandurra e Fellini são a tríplice combustão que encerra um período, aduba outro, porém parece não ter um capítulo próprio na música brasileira. Algumas bandas já haviam atingido o ápice, casos de Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Ira, Barão Vermelho, Camisa de Venus, Kid Abelha e Engenheiros do Hawaii, e rumavam, todos, pra curva descendente.
Nossa esperança, digo dos mais vanguardistas já suficientemente cansados do oitentismo e descobrindo as dificuldades adultas (recém eu havia feito a primeira escolha da vida entre alguns cursos secundários oferecidos), era o suicídio. O herói, Kurt Cobain.
Sem ver minha seleção campeã do mundo desde que havia nascido (e poderia ter mais uns 5 anos, e também não teria visto), enfim vem Romário e o tetra. O plano Real de FHC desinflacionou qualquer alternativa com discurso coerente a realidade da época de nos guiar. Sem rumo, sem bandeira, sem ideologia pra viver, pois nossos heróis morriam de AIDS, surge a insurgência Zapatista chicana. Na Europa, monta-se as barricadas, e pro confronto, os Black Blocks tomam a frente anárquica. O caos acordava após algumas décadas de sono, e na lama do Recife deram o pontapé necessário pra tirar a cidade da mesma fedentina do dia anterior.
É quando descobrimos que somos úteis ao mundo, muito mais do que antes, pois a partir de então soubemos que nós dependemos de nós.
* * *
Nos últimos dias, demos uma renovada na programação d'O DILÚVIO Space Radio. Mais de 50 músicas novas foram incluidas, nas quais destacamos os artistas citados nesta postagem.
Alguns discos, fundamentais pra derrubada dos 80, tiveram mais músicas colocadas na radio pra ilustrar melhor a época e o próprio álbum. São esses:
De Falla - It's Fuckin' Boring'To Death
Fellini - Amor Louco
Edgard Scandurra - Amigos Invisíveis
vários - Sanguinho Novo
Lou Reed - New York
Sonic Youth - Sister
Sugarcubes - Life's Too Good
Pixies - Doolittle
The Stone Roses - The Stone Roses
New Order - Substance
sexta-feira, 28 de maio de 2010
FIM AO AI-5
Associação pede fim do registro profissional para jornalistas
:txt: Mariane Zendron/Redação Portal IMPRENSA
A Associação Brasileira de Jornalistas (ABJ) protocolou, na última segunda-feira (24), uma representação no Ministério Público Federal (MPF) solicitando o fim da emissão do registro de jornalista no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A solicitação é polêmica, pois, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), se a extinção do registro for somada ao fim da exigência do diploma haverá uma perda de capacitação e redução de salários.
O presidente da ABJ, Antonio Vieira, discorda e disse ao Portal IMPRENSA que a medida não prejudicará os jornalistas, ao contrário, fará uma inclusão de pessoas que já exercem a profissão sem o MTB. "Os empresários não vão deixar de pagar um bom profissional só porque ele não tem registro". E completou: "Na era da tecnologia, em que muitos profissionais são independentes e trabalham para sites e blogs no Brasil todo, esse tipo de exigência é retrógrada".
Vieira também afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que optou pela não obrigatoriedade do diploma para jornalistas, transforma a exigência de registro em uma ação inconstitucional. "O diploma já inclui o fim do MTB", acredita. "Registrar os profissionais é da época da ditatura e age como forma de controle prévio sobre o trabalho jornalístico. Nós somos a favor da liberdade de expressão".
A posicão da Associação é que o Brasil adote o mesmo procedimento usado na Inglaterra. "Lá, uma pessoa com graduação que se destaque em qualquer área pode fazer diversos cursos para poder trabalhar como jornalista".
Apesar de ser contrário ao diploma e registro profissional, Vieira destacou que não condena as empresas que exigem jornalistas formados em seu quadro de empregados. "As empresas têm o direito de querer um jornalista com ou sem diploma em seu quadro de empregados".
Com sede em Brasília (DF), a ABJ foi criada em 2009 por um grupo de mais de cem jornalistas contrários a exigência do diploma. Hoje a entidade conta com cerca de 300 filiados. Para fazer parte, o interessado precisa comprovar ter pelo menos três matérias assinadas em qualquer meio de comunicação e enviá-las para o e-mail da associação. Em seguida, a ABJ envia informações sobre os ideais da entidade e uma proposta de filiação.
:txt: Mariane Zendron/Redação Portal IMPRENSA
A Associação Brasileira de Jornalistas (ABJ) protocolou, na última segunda-feira (24), uma representação no Ministério Público Federal (MPF) solicitando o fim da emissão do registro de jornalista no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A solicitação é polêmica, pois, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), se a extinção do registro for somada ao fim da exigência do diploma haverá uma perda de capacitação e redução de salários.
O presidente da ABJ, Antonio Vieira, discorda e disse ao Portal IMPRENSA que a medida não prejudicará os jornalistas, ao contrário, fará uma inclusão de pessoas que já exercem a profissão sem o MTB. "Os empresários não vão deixar de pagar um bom profissional só porque ele não tem registro". E completou: "Na era da tecnologia, em que muitos profissionais são independentes e trabalham para sites e blogs no Brasil todo, esse tipo de exigência é retrógrada".
Vieira também afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que optou pela não obrigatoriedade do diploma para jornalistas, transforma a exigência de registro em uma ação inconstitucional. "O diploma já inclui o fim do MTB", acredita. "Registrar os profissionais é da época da ditatura e age como forma de controle prévio sobre o trabalho jornalístico. Nós somos a favor da liberdade de expressão".
A posicão da Associação é que o Brasil adote o mesmo procedimento usado na Inglaterra. "Lá, uma pessoa com graduação que se destaque em qualquer área pode fazer diversos cursos para poder trabalhar como jornalista".
Apesar de ser contrário ao diploma e registro profissional, Vieira destacou que não condena as empresas que exigem jornalistas formados em seu quadro de empregados. "As empresas têm o direito de querer um jornalista com ou sem diploma em seu quadro de empregados".
Com sede em Brasília (DF), a ABJ foi criada em 2009 por um grupo de mais de cem jornalistas contrários a exigência do diploma. Hoje a entidade conta com cerca de 300 filiados. Para fazer parte, o interessado precisa comprovar ter pelo menos três matérias assinadas em qualquer meio de comunicação e enviá-las para o e-mail da associação. Em seguida, a ABJ envia informações sobre os ideais da entidade e uma proposta de filiação.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
#SACFABICO
Semana Acadêmica de Comunicação
:txt:Tiago Jucá Oliveira
Esta semana a Escola Técnica de Comunicação da UFRGS, através do DACOM, promove várias atividades interessantes, como palestras, seminários e oficinas. A menos interessante, e por esse motivo você deveria ir, é uma palestra que Alexandre Haubrich, editor do Jornalismo B e também animal desta arca de Noé, e eu vamos dar. Não menos interessante por causa dele, e sim culpa minha. Sei porra nenhuma do que vou falar. Mas vou falar! Quinta, 9h. Fabico.
Talvez eu possa contar um pouco da lama que foi a fabiculdade nos anos 90. Vivíamos o auge do manguebit, e não só os caranguejos do Recife batucavam os ouvidos. Também tinha O Rappa, Thaíde & DJ Hum, Beck, Jamiroquai, Planet Hemp, Beastie Boys, entre tantos artistas que recriaram sons somando influências.
Chico Science trazia o caos a lama. E aquele museu de professores nos remetia ao mangue. Dali daquele circo de comunicação da UFRGS também queríamos extrair o adubo da merda. Se é ruim, não vamos ficar parados, fingir que aprende e pegar um diploma no fim.
A gente queria bagunça, festa, atrito com professores e direção, futebol, vagalume, cerveja e maconha. Aquele tempo tinha bar com cerveja e se fumava maconha como se fuma crivo hoje lá, no mesmo lugar. Dizem os relatos que também trepavam muito em algum cantinho da escola.
A geração que na época fazia baderna é justamente a mesma que hoje trilha caminhos interessantes, alternativos e de talento no jornalismo ou nas artes. E a turma do deixa disso, com raras exceções, faz o arroz e feijão nas emissoras caturritas. Tenho uma felicidade enorme em me tornar amigo de algumas pessoas com as quais eu estudei. Trocamos muitas informações, desde lá. A melhor aula era na rua, carburando na sombra, livros, discos e filmes pra fumaça subir pra ideia.
Exceto alguns professores, a gente ia pra aula pra bagunçar. Até prova a gente cancelou, sem o professor saber, é claro. Ninguem foi a aula, só ele, o único a não saber que estava doente e que, portanto, não teria a prova.
Não é saudosismo. Não somos melhores do que você por ter vivido aquilo. Mas somos os filhos rebeldes daquele monstro. Hoje a Fabicu tá mais bonita e equipada, e você tem tecnologias e internet que lhe capacitam pra propor algo tão legal como muitos de nós dos 90 propomos hoje.
O DILÚVIO nasceu sem essas ferramentas que temos agora. Você pode fazer melhor. Subverta!
:txt:Tiago Jucá Oliveira
Esta semana a Escola Técnica de Comunicação da UFRGS, através do DACOM, promove várias atividades interessantes, como palestras, seminários e oficinas. A menos interessante, e por esse motivo você deveria ir, é uma palestra que Alexandre Haubrich, editor do Jornalismo B e também animal desta arca de Noé, e eu vamos dar. Não menos interessante por causa dele, e sim culpa minha. Sei porra nenhuma do que vou falar. Mas vou falar! Quinta, 9h. Fabico.
Talvez eu possa contar um pouco da lama que foi a fabiculdade nos anos 90. Vivíamos o auge do manguebit, e não só os caranguejos do Recife batucavam os ouvidos. Também tinha O Rappa, Thaíde & DJ Hum, Beck, Jamiroquai, Planet Hemp, Beastie Boys, entre tantos artistas que recriaram sons somando influências.
Chico Science trazia o caos a lama. E aquele museu de professores nos remetia ao mangue. Dali daquele circo de comunicação da UFRGS também queríamos extrair o adubo da merda. Se é ruim, não vamos ficar parados, fingir que aprende e pegar um diploma no fim.
A gente queria bagunça, festa, atrito com professores e direção, futebol, vagalume, cerveja e maconha. Aquele tempo tinha bar com cerveja e se fumava maconha como se fuma crivo hoje lá, no mesmo lugar. Dizem os relatos que também trepavam muito em algum cantinho da escola.
A geração que na época fazia baderna é justamente a mesma que hoje trilha caminhos interessantes, alternativos e de talento no jornalismo ou nas artes. E a turma do deixa disso, com raras exceções, faz o arroz e feijão nas emissoras caturritas. Tenho uma felicidade enorme em me tornar amigo de algumas pessoas com as quais eu estudei. Trocamos muitas informações, desde lá. A melhor aula era na rua, carburando na sombra, livros, discos e filmes pra fumaça subir pra ideia.
Exceto alguns professores, a gente ia pra aula pra bagunçar. Até prova a gente cancelou, sem o professor saber, é claro. Ninguem foi a aula, só ele, o único a não saber que estava doente e que, portanto, não teria a prova.
Não é saudosismo. Não somos melhores do que você por ter vivido aquilo. Mas somos os filhos rebeldes daquele monstro. Hoje a Fabicu tá mais bonita e equipada, e você tem tecnologias e internet que lhe capacitam pra propor algo tão legal como muitos de nós dos 90 propomos hoje.
O DILÚVIO nasceu sem essas ferramentas que temos agora. Você pode fazer melhor. Subverta!
sexta-feira, 21 de maio de 2010
O MORRO É NOSSO?
Uma mentira repetida várias vezes vira verdade
txt: Arlei Arnt
pht: Melissa Orsi dos Santos
Na época do ditador Vargas, então já com a máscara de pai dos pobres encobrindo a face nazista que entregava judeus pra Hitler, havia uma frase popular, embora não tivesse sido criada pelo povo, muito pelo contrário: "o petróleo é nosso". (um dia ainda escreveremos sobre o império americano-soviético, que se diziam inimigos, mas nunca duelaram, dae o nome "guerra fria", e dominaram o mundo por meio século, enquanto muitos morriam por uma causa ou outra sem saber que era a mesma causa: dominar o mundo através de uma classe de dirigentes)
Ainda hoje ecoa na voz dos guardiões das ditaduras o slogan que nunca fez sentido real. O petróleo só é nosso quando vaza no mar que nos banhamos e pescamos, ou quando dá prejuízo. Fosse mesmo nosso, gasolina não seria tão cara.
Agora surge outra mentira, mais exatamente na comunidade local, digo, aqui no chulé do país. Eis a seguinte balela: "o Morro Santa Teresa é nosso". Nosso de quem? No máximo temos uma pracinha mal cuidada pra ver o por do sol do rio Guaíba.
Claro, aqui ninguém é burro de perceber aquilo o que a Yedinha, que a situação e oposição unidas chamam de governadora, quer. Vai vender a área prum jaiminho da silvostky em troca de merrecas. E o seu jaiminho, pra evitar a fadiga, vai desmatar tudo, construir enormes prédios e assistir aos jogos da sua equipe favorita. Até ae é logic que somos contra isso.
Mas o que chama a atenção é a balela que o "o morro é nosso". Imagine conosco, querida(o) leitor(a). Você tem uma casa. Certo dia aparece alguém pra comprar. Você não quer vender. Mas pra dizer isso, monta um blog, organiza uma passeata, colhe assinaturas prum abaixo-assinado e sai gritando: "a casa é minha".
Ok, você não entendeu. Se o morro fosse nosso, então não há o que protestar, reclamar, chorar. É só não vender. Se o governo estadual quer vender, só nos resta dizer: o morro é não é nosso porra nenhuma. O morro é da meia dúzia que governou, governa e governará esta província. Eles que sempre decidem o que fazer com o bem estatal, que você insiste em teimar que é público. Público é aquilo que não é de ninguém. Estatal é do estado. E o estado é de poucos. Nós somos massa de manobra.
Vamos recorrer ao mestre Bakunin, pedaço de texto tirado de um blog libertário bem maneiro, que descobrimos por acaso:
"O Estado então é a mais escandalosa negativa, a mais cínica e completa negativa da humanidade. Ele estraçalha a solidariedade universal de todos os homens sobre a Terra, e une alguns deles somente para destruir, conquistar e escravizar todos os restantes." - Mikhail Bakunin
quarta-feira, 19 de maio de 2010
FESTIVAL MAIONESE
#agência pirata
O maior festival de rock de Alagoas
txt: Popfuzz
E começa a contagem regressiva para o maior festival de rock de Alagoas, o Festival Maionese 6. Mas para quê esperar até os dias 28 e 29 de maio para conferir muita música de qualidade, se podemos antecipar um pouco do que o fim de maio reserva? É por isso que, para esta sexta edição, além das apresentações principais, os alagoanos poderão conferir prévias temáticas que prometem esquentar a cena da música local.
A primeira delas acontece já na próxima sexta-feira, dia 14, no Galpão Desmaio. Além da apresentação das bandas Duvet, Slowdrop, Clandestinos e Before I Die, o público poderá conferir a exibição de vídeos do festival e do Coletivo Popfuzz. Os shows terão início a partir das 20h, sob o preço de R$ 5, a serem vendidos na hora do evento.
Já no dia 16, em comemoração ao Dia do Gari, está marcada uma visita ao aterro sanitário de Maceió, situado no bairro do Benedito Bentes, seguida de um ciclo de palestras com representantes do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). A ação, realizada em parceria com o Centro Acadêmico do Curso de Biologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), visa fomentar uma das bandeiras do evento, a sustentabilidade. A programação conta ainda com oficinas temáticas e, como não poderia deixar de ser, muita música ao som da banda La Polícia , Boas Sementes e do DJ Yellow Bar.
As prévias seguem no dia 20, com a Noite Folk, comandada por Marcelo Cabral Acústico, Black Jeans My Dear, Mario the Alencar e Old School Friends e muito mais. Já no dia 21, o evento inova ao abrir o DESmaio para o Dia do Vinil, que promete animar a sexta-feira maceioense.
E como a ideia é integrar, o município de Arapiraca também não podia ficar de fora da programação de prévias. Enquanto rola o vinil em Maceió, as bandas Bianca, Coisa Linda Sound System, Subproduto de Rock e My Midi Valentine, prometem fazer com que o público da capital do agreste alagoano não fique parado. A programação tem continuidade nos dias 22, com um duelo de bandas, que promete animar. e no dia 23, com a 2ª Mostra de Artes Livres e Psicodelia, sob o som de Power of Nóia, Misantropia e Reverter.
Para Nando Magalhães, um dos produtores do evento, as prévias servirão para dar um aperitivo para aqueles esperam ansiosos pelo início do Maionese 6. “As atividades que marcam o início do festival vão mexer bastante com a cena da música alagoana e mostrará, para quem for conferir, que vai valer a pena aguardar pelo início do Festival”, assegura.
assista ao video
O maior festival de rock de Alagoas
txt: Popfuzz
E começa a contagem regressiva para o maior festival de rock de Alagoas, o Festival Maionese 6. Mas para quê esperar até os dias 28 e 29 de maio para conferir muita música de qualidade, se podemos antecipar um pouco do que o fim de maio reserva? É por isso que, para esta sexta edição, além das apresentações principais, os alagoanos poderão conferir prévias temáticas que prometem esquentar a cena da música local.
A primeira delas acontece já na próxima sexta-feira, dia 14, no Galpão Desmaio. Além da apresentação das bandas Duvet, Slowdrop, Clandestinos e Before I Die, o público poderá conferir a exibição de vídeos do festival e do Coletivo Popfuzz. Os shows terão início a partir das 20h, sob o preço de R$ 5, a serem vendidos na hora do evento.
Já no dia 16, em comemoração ao Dia do Gari, está marcada uma visita ao aterro sanitário de Maceió, situado no bairro do Benedito Bentes, seguida de um ciclo de palestras com representantes do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). A ação, realizada em parceria com o Centro Acadêmico do Curso de Biologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), visa fomentar uma das bandeiras do evento, a sustentabilidade. A programação conta ainda com oficinas temáticas e, como não poderia deixar de ser, muita música ao som da banda La Polícia , Boas Sementes e do DJ Yellow Bar.
As prévias seguem no dia 20, com a Noite Folk, comandada por Marcelo Cabral Acústico, Black Jeans My Dear, Mario the Alencar e Old School Friends e muito mais. Já no dia 21, o evento inova ao abrir o DESmaio para o Dia do Vinil, que promete animar a sexta-feira maceioense.
E como a ideia é integrar, o município de Arapiraca também não podia ficar de fora da programação de prévias. Enquanto rola o vinil em Maceió, as bandas Bianca, Coisa Linda Sound System, Subproduto de Rock e My Midi Valentine, prometem fazer com que o público da capital do agreste alagoano não fique parado. A programação tem continuidade nos dias 22, com um duelo de bandas, que promete animar. e no dia 23, com a 2ª Mostra de Artes Livres e Psicodelia, sob o som de Power of Nóia, Misantropia e Reverter.
Para Nando Magalhães, um dos produtores do evento, as prévias servirão para dar um aperitivo para aqueles esperam ansiosos pelo início do Maionese 6. “As atividades que marcam o início do festival vão mexer bastante com a cena da música alagoana e mostrará, para quem for conferir, que vai valer a pena aguardar pelo início do Festival”, assegura.
assista ao video
segunda-feira, 17 de maio de 2010
DO CAIS AO PORÃO
#mandachuva
Último dia de Feira arrebenta a pau
txt: Tiago Jucá Oliveira
Depois de duas ótimas noites de shows, e uma que foi uma porcaria, a Feira encerrou com chave de ouro: (pela ordem) Maracatu Estrela de Ouro, Funkalister, Frank Jorge, Fruet e Os Cozinheiros, Monobloco, Frank Jorge, Fruet e Os Cozinheiros novamente e, por último, uma banda imporvisada comandada por Otto e Fruet. Difícil falar detalhadamente de todos os shows, mas tentarei dar uma breve noção.
Maracatu Estrela de Ouro
Banda que é o próprio folclore nacional. Vivo e ao vivo. No meio da multidão, que acompanhou o grupo após um arrastão pela beira do Guaíba. O cantor improvisou rimas de todo tipo, inclusive uma sobre o jogo Grêmio e Corinthians, na qual tirou uma onda do timão paulista.
Funkalister
Cansei de ouvir a respeito, mas não conhecia o som dos cara. Uma big banda fantástica, com diversos nomes conhecidos da música gaúcha, como Mateus Mapa e Leonardo Boff. O nome já diz tudo: é funk, mermão, daquele jeito setentista. Próximo show eu to lá.
Fruet e Os Cozinheiros
Uma das melhores bandas da nova safra da música nacional, formada por talentoso instrumentistas. Fruet vai se firmando como compositor. Um show sereno, temperado na cozinha quente de André e Brawl. Tem disco novo no final do ano, me disse Fruet.
Monobloco
Alegria. O melhor show da Feira. É baile, todo mundo dança, todo mundo canta, exceto eu, sem voz e sem pernas pra última noite de festa. Quem já foi num show da Orquestra Imperial pode imaginar o que é o Monobloco. É diversão garantida, com versões super dançantes pra Tim Maia, Jorge Ben, Salgueiro, Cazuza, Zeca Pagodinho, MC Marcinho. "Era só mais um silva que a estrela não brilha/ Ele era funkeiro mais era pai de família". O show do ano.
Frank Jorge, Fruet e Os Cozinheiros, Otto e Bactéria.
As surpresas da noite foram noticiadas em off, por debaixo dos panos. Havia uma festa preparada somente a convidados, no Porão do Beco. O convite, disputado pelos que iam descobrindo a notícia da festa, trazia somente o nome "DJ Lucho e convidados". Diziam que era Otto e Frank, depois já era Monobloco e Julio Reny. Aos poucos tudo vinha a tona.
Frank Jorge abriu a noite sozinho, ele e sua guitarra. Cantou meia dúzia de clássicos de sua importante obra, relembrou um Roberto Carlos, brincou com a platéia e vazou.
Tudo o que disse antes sobre o show do Fruet e Os Cozinheiros poderia repetir aqui. Mas acrescento: o show do Porão tava mais tri. Talvez o clima menor e chapado do lugar colabore pra bandas ainda sem muito apelo popular.
Por fim, uma banda sem nome e sem ensaio sobe ao palco. Um pouco antes, bati um papo com o Bactéria e perguntei se haveria show dele e do Otto. Ele disse que estavam cansados, o Otto sem voz. "Poi zé, Simpson, tem um monte de gente aqui que veio assistir vocês". "Sério?!", pergunta ele espantado. Pouco depois a banda se forma no palco: Otto e Fruet nos vocais, mais o baterista André Lucciano e o guitarrista Nicola Spolidoro, ambos dos Cozinheiros, Bactéria nos teclados, o filho do Giba Giba no chocalho e mais uns quatro caras que infelizmente não conheço, mas que tocam bem. Improviso total, música emendada atrás de música, um passeio em covers de Jorge Ben, Nação Zumbi, Tim Maia, Funk Como Le Gusta, Wilson Simonal e até do próprio Otto. Um final perfeito!
Último dia de Feira arrebenta a pau
txt: Tiago Jucá Oliveira
Depois de duas ótimas noites de shows, e uma que foi uma porcaria, a Feira encerrou com chave de ouro: (pela ordem) Maracatu Estrela de Ouro, Funkalister, Frank Jorge, Fruet e Os Cozinheiros, Monobloco, Frank Jorge, Fruet e Os Cozinheiros novamente e, por último, uma banda imporvisada comandada por Otto e Fruet. Difícil falar detalhadamente de todos os shows, mas tentarei dar uma breve noção.
Maracatu Estrela de Ouro
Banda que é o próprio folclore nacional. Vivo e ao vivo. No meio da multidão, que acompanhou o grupo após um arrastão pela beira do Guaíba. O cantor improvisou rimas de todo tipo, inclusive uma sobre o jogo Grêmio e Corinthians, na qual tirou uma onda do timão paulista.
Funkalister
Cansei de ouvir a respeito, mas não conhecia o som dos cara. Uma big banda fantástica, com diversos nomes conhecidos da música gaúcha, como Mateus Mapa e Leonardo Boff. O nome já diz tudo: é funk, mermão, daquele jeito setentista. Próximo show eu to lá.
Fruet e Os Cozinheiros
Uma das melhores bandas da nova safra da música nacional, formada por talentoso instrumentistas. Fruet vai se firmando como compositor. Um show sereno, temperado na cozinha quente de André e Brawl. Tem disco novo no final do ano, me disse Fruet.
Monobloco
Alegria. O melhor show da Feira. É baile, todo mundo dança, todo mundo canta, exceto eu, sem voz e sem pernas pra última noite de festa. Quem já foi num show da Orquestra Imperial pode imaginar o que é o Monobloco. É diversão garantida, com versões super dançantes pra Tim Maia, Jorge Ben, Salgueiro, Cazuza, Zeca Pagodinho, MC Marcinho. "Era só mais um silva que a estrela não brilha/ Ele era funkeiro mais era pai de família". O show do ano.
Frank Jorge, Fruet e Os Cozinheiros, Otto e Bactéria.
As surpresas da noite foram noticiadas em off, por debaixo dos panos. Havia uma festa preparada somente a convidados, no Porão do Beco. O convite, disputado pelos que iam descobrindo a notícia da festa, trazia somente o nome "DJ Lucho e convidados". Diziam que era Otto e Frank, depois já era Monobloco e Julio Reny. Aos poucos tudo vinha a tona.
Frank Jorge abriu a noite sozinho, ele e sua guitarra. Cantou meia dúzia de clássicos de sua importante obra, relembrou um Roberto Carlos, brincou com a platéia e vazou.
Tudo o que disse antes sobre o show do Fruet e Os Cozinheiros poderia repetir aqui. Mas acrescento: o show do Porão tava mais tri. Talvez o clima menor e chapado do lugar colabore pra bandas ainda sem muito apelo popular.
Por fim, uma banda sem nome e sem ensaio sobe ao palco. Um pouco antes, bati um papo com o Bactéria e perguntei se haveria show dele e do Otto. Ele disse que estavam cansados, o Otto sem voz. "Poi zé, Simpson, tem um monte de gente aqui que veio assistir vocês". "Sério?!", pergunta ele espantado. Pouco depois a banda se forma no palco: Otto e Fruet nos vocais, mais o baterista André Lucciano e o guitarrista Nicola Spolidoro, ambos dos Cozinheiros, Bactéria nos teclados, o filho do Giba Giba no chocalho e mais uns quatro caras que infelizmente não conheço, mas que tocam bem. Improviso total, música emendada atrás de música, um passeio em covers de Jorge Ben, Nação Zumbi, Tim Maia, Funk Como Le Gusta, Wilson Simonal e até do próprio Otto. Um final perfeito!
domingo, 16 de maio de 2010
O TERNO SAIU DO ARMÁRIO
#over12
Nada como um dia após o outro dia
txt: Arlei Arnt
Preciso concordar com o Monsenhor. Nei Lisboa e O Teatro Mágico como atração de alguma coisa só tem uma explicação: é artista bancado pelo Partido. "Tremula minha bandeira aqui, que eu te ponho no palco acolá".
Mas ontem a cousa merolhou (sim, eu escrevo assinzis mesmo). A noite começou com Coco Raízes de Arco Verde. Ouvi de longe, no desgustar das cachaças. O grupo é ótimo! Depois tivemos um dos melhores shows da Feira, talvez o melhor. Num mesmo palco: Frank Jorge, Jimi Joe, Wander Wildner, Júlio Reni, Alemão Birck e mais um que a cachaça tapou a visão. Os clássicos da música gaúcha desfilado pelos nomes que infelizmente não tem a atenção devida dos cadernos culturais do centro do país. Tanto aqui como lá se olha demais pro próprio umbigo. Perdemos nós ouvintes viciados em cultura. A gente não conhece o fulano dali, eles não sabem quem é o beltrano daqui. Wander foi fantástico: "precisa vir alguém de fora pra fazer algo aqui no Cais do Porto". Uma prefeitura há 24 anos dominada pelo mesmo partido dá nisso.
A night encerrou com outro show legal. Otto, com participação de Lirinha e seu pacote de farinha. O galego teve que puxar o ex-Cordel pelos cabelos: "microfone tá aqui, fera". Nos teclados, outro maluco: Bac Simpson (não tenho certeza, mas acho que saiu do mundo livre s/a). Enfim, um campeonato pernambucano de doideira. E Lirinha ganhou a louca taça com rodadas de antecedência. Ah, o show. Tava cacildiz. Mas no fim senti que "naquela mesa tá faltando ele", o galego volta pro bis junto com o Nelson Gonçalves. Se estivesse vivo, não ia sobrar nada pro Lirinha. E hoje ainda tem Monobloco. Fui!
Nada como um dia após o outro dia
txt: Arlei Arnt
Preciso concordar com o Monsenhor. Nei Lisboa e O Teatro Mágico como atração de alguma coisa só tem uma explicação: é artista bancado pelo Partido. "Tremula minha bandeira aqui, que eu te ponho no palco acolá".
Mas ontem a cousa merolhou (sim, eu escrevo assinzis mesmo). A noite começou com Coco Raízes de Arco Verde. Ouvi de longe, no desgustar das cachaças. O grupo é ótimo! Depois tivemos um dos melhores shows da Feira, talvez o melhor. Num mesmo palco: Frank Jorge, Jimi Joe, Wander Wildner, Júlio Reni, Alemão Birck e mais um que a cachaça tapou a visão. Os clássicos da música gaúcha desfilado pelos nomes que infelizmente não tem a atenção devida dos cadernos culturais do centro do país. Tanto aqui como lá se olha demais pro próprio umbigo. Perdemos nós ouvintes viciados em cultura. A gente não conhece o fulano dali, eles não sabem quem é o beltrano daqui. Wander foi fantástico: "precisa vir alguém de fora pra fazer algo aqui no Cais do Porto". Uma prefeitura há 24 anos dominada pelo mesmo partido dá nisso.
A night encerrou com outro show legal. Otto, com participação de Lirinha e seu pacote de farinha. O galego teve que puxar o ex-Cordel pelos cabelos: "microfone tá aqui, fera". Nos teclados, outro maluco: Bac Simpson (não tenho certeza, mas acho que saiu do mundo livre s/a). Enfim, um campeonato pernambucano de doideira. E Lirinha ganhou a louca taça com rodadas de antecedência. Ah, o show. Tava cacildiz. Mas no fim senti que "naquela mesa tá faltando ele", o galego volta pro bis junto com o Nelson Gonçalves. Se estivesse vivo, não ia sobrar nada pro Lirinha. E hoje ainda tem Monobloco. Fui!
sábado, 15 de maio de 2010
AS BANDAS DO PARTIDO
#over12
Do caos ao cais
txt: Jucazito
Que bom poder frequentar eventos como esse ae que acontece em Porto Alegre. Promovido pelo governo federal em ano eleitoral, o Brasil Rural Contemporâneo - Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - tem boas atrações culturais, espaços gastronômicos e pessoas no passear do Cais do Porto. Além, é claro, da maconha e da cerveja que nos faz rir.
Mas não é isso que matuta a cabeça. Desde 1986 Porto Alegre é governado por um mesmo partido, o MDB. E nenhum deles - Alceu, Dutra, Genro, Raul, Genro de novo, João, José I, José I de novo e José II - fez daquele local um lugar pro povo da capital ir e se divertir, comer e dançar. Nosso Cais do Porto é uma piada, semi inútil. Ao mesmo tempo, o rio e os armazeńs são lindos. O encontro do Guaíba com nossos olhos é atração turística em qualquer lugar. Menos aqui no chulé do país, típico reflexo de nossos governantes e dos 'né o' que os elegem.
Outra fita: quem foi que escolheu as atrações musicais? Alguém que entende de música ou o Partido? É preciso militar na campanha da Dilma pra tocar em eventos governamentais? Sério, o Nei Lisboa só pode ter sido convidado porque é um daqueles que tremulam a bandeira do Partido, pois o show dele dava vontade de dormir. Isso também é engraçado no gaúcho: ele idolatra só porcaria. Os bons vão tentar a carreira longe daqui: Edu K, Pata de Elefante, Elis Regina, Apanhador Só, Rossano Snel, etc. E a gente precisa ouvir a porcaria do Nei.
O Teatro Mágico. Acho que este caso não é somente o Partido. Tem a Igreja também. Uma bandinha chata que move uma multidão de fiéis fanáticos. Acho que eu não entendo mais nada de música.
O show do Gil tava massa. Serraria infelizmente perdi. Ainda tem Frank, Julio, Jorge, Otto, Lirinha e Monobloco. Há esperança pros ouvidos. Mas vale a cutucada: será que é todo mundo do Partido? Começo a suspeitar. Se o MDB é esse lixo, imagina no tempo em que a ARENA governava sozinha, ao contrário de hoje, que tem um ou outro ministério no governo Lula. Brasil de todos uma ova. Brasil do Partido. E pensar que antes era pior.
Do caos ao cais
txt: Jucazito
Que bom poder frequentar eventos como esse ae que acontece em Porto Alegre. Promovido pelo governo federal em ano eleitoral, o Brasil Rural Contemporâneo - Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária - tem boas atrações culturais, espaços gastronômicos e pessoas no passear do Cais do Porto. Além, é claro, da maconha e da cerveja que nos faz rir.
Mas não é isso que matuta a cabeça. Desde 1986 Porto Alegre é governado por um mesmo partido, o MDB. E nenhum deles - Alceu, Dutra, Genro, Raul, Genro de novo, João, José I, José I de novo e José II - fez daquele local um lugar pro povo da capital ir e se divertir, comer e dançar. Nosso Cais do Porto é uma piada, semi inútil. Ao mesmo tempo, o rio e os armazeńs são lindos. O encontro do Guaíba com nossos olhos é atração turística em qualquer lugar. Menos aqui no chulé do país, típico reflexo de nossos governantes e dos 'né o' que os elegem.
Outra fita: quem foi que escolheu as atrações musicais? Alguém que entende de música ou o Partido? É preciso militar na campanha da Dilma pra tocar em eventos governamentais? Sério, o Nei Lisboa só pode ter sido convidado porque é um daqueles que tremulam a bandeira do Partido, pois o show dele dava vontade de dormir. Isso também é engraçado no gaúcho: ele idolatra só porcaria. Os bons vão tentar a carreira longe daqui: Edu K, Pata de Elefante, Elis Regina, Apanhador Só, Rossano Snel, etc. E a gente precisa ouvir a porcaria do Nei.
O Teatro Mágico. Acho que este caso não é somente o Partido. Tem a Igreja também. Uma bandinha chata que move uma multidão de fiéis fanáticos. Acho que eu não entendo mais nada de música.
O show do Gil tava massa. Serraria infelizmente perdi. Ainda tem Frank, Julio, Jorge, Otto, Lirinha e Monobloco. Há esperança pros ouvidos. Mas vale a cutucada: será que é todo mundo do Partido? Começo a suspeitar. Se o MDB é esse lixo, imagina no tempo em que a ARENA governava sozinha, ao contrário de hoje, que tem um ou outro ministério no governo Lula. Brasil de todos uma ova. Brasil do Partido. E pensar que antes era pior.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Mostra de Vídeos: Coletivo Catarse e a Cultura livre
O Coletivo Catarse participa do Circuito Cultural O Dilúvio organizando a mostra de vídeos e debate sobre Cultura Livre.
Vídeos: Tecnobrega e a Cooperativa LAVACA. As charges engajadas de LATUFF e a producão cinematográfica nigeriana. Desinformémonos e batuque do Sopapo. A generosidade compartilhada como base da comunicação.
Catarse é um coletivo de comunicadores comprometidos com a construção de alternativas que fortaleçam a cultura e o jornalismo independentes e enriqueçam o debate público em seus temas mais importantes.
Através de um trabalho autoral e engajado, se aproxima de movimentos e organizações que entendem a cultura como um direito humano e a comunicação como uma ação transformadora.
domingo, 9 de maio de 2010
Revista O DILÚVIO #16 PDF
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Acústico: Samba Grego
Circuito Cultural O DILÚVIO
terça, 11 de maio, 21h
Acústico 512: Samba Grego
sonorização: Basket Selector
R$ 3,00
Espaço 512
João Alfredo, 512.
fone 3212.0229
O projeto Samba Grego é o resultado de um trabalho de composição de Felipe Chagas e Rodolpho Bittencourt, com arranjos e idéias dissonantes do multiinstrumentista Ronald Franco. A dupla de compositores começou a fazer canções em parceria no final do ano de 2008 e não pretende parar tão cedo. As músicas têm referências que englobam grande parte da boa e velha música popular brasileira, visitando o tango, o blues, o bolero, o jazz, de uma forma tupiniquim. Cada música é um novo universo, uma nova mistura de ritmos – e as letras não fogem disso, tratando principalmente de relacionamentos e experiências do cotidiano de uma maneira descompromissada, irreverente e, quase sempre, sincera. Dentre todos os estilos o samba se destaca, mas também dá espaço ao experimentalismo e à originalidade. A influência da MPB e do samba tradicional somada às nuances contemporâneas e inusitadas do trio formam o Samba Grego
apoio: Chica
Saiba mais sobre
Espaço 512
site
Samba Grego
myspace
vídeo
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Talk Show: Nei Van Sória e Identidade
Circuito Cultural O DILÚVIO
segunda, 10 de maio. 20h30min.
Talk Show: Nei Van Soria/ Evandro Bitt e Cabelo (Identidade)
apresentação e entrevista: Tiago Jucá Oliveira
Entrada gratuita
Muffuletta
República, 657.
fone 3224.1524
Releases:
O 1º Circuito Cultural O DILÚVIO é uma proposta de difundir e discutir a arte e a cultura de Porto Alegre. É, díriamos, um festival desmembrado, com datas, locais e atrações diferentes. Do dia 10 ao dia 18 de novembro, uma série de seis eventos vai mobilizar artistas da música e do cinema em espetáculos espalhados em seis bares/ casas de shows da cidade.
O Circuito começa na segunda, dia 10, com um Talk Show no Muffuletta. Os convidados são Nei Van Sória, ex-Cascavelletes e TNT, hoje em carreira solo e seis CDs lançados, e Evandro e Cabelo, membros na nova banda do rock gaúcho Identidade, que "já tem em seu currículo três discos oficiais, participações em três coletâneas e em festivais importantes como Planeta Atlântida", entre outros, como diz o perfil no Myspace.
Este é o segundo Talk Show promovido pela revista O DILÚVIO em parceria com o Muffuletta e a Cachaça Chica. É um misto de entrevista com canjas musicais, onde os artistas respondem a perguntas do apresentador e público, com intervalos em que os músicos convidados tocam suas próprias músicas e improvisam influências em comum.
Saiba mais:
Circuito Cultural O DILÚVIO
Nei Van Sória
Identidade
Muffuletta
MAIS PÃO E CIRCO
#noéspecial
Circuito cultural: Uma ideia de união de pessoas em prol de mais pão e mais circo.
txt: Zumbira
Em nosso imenso país a mídia parece se irradiar a partir do binômio Rio - São Paulo para as demais regiões do país, parece ser a infra-estrutura e o alcance, os maiores fatores que influenciam a trajetória dos artistas nascidos nesse lado talentoso e diversificado do Brasil: o Rio Grande do Sul, mas pensar no Brasil é uma coisa, e o nosso quintal como anda? Como podemos ter mais potência e alcance para desbaratar o Brasil nascendo em Porto Alegre como artista? E como tornar Porto Alegre mais receptiva e interessante para que artistas de outras partes do mundo venham aqui mostrar seu trabalho?
Conversávamos sobre a necessidade de mais espaços para apresentação de artistas, mais qualidade nos poucos espaços que existem e mais retorno, seja financeiro para viabilizar a vida artística e sua produção, seja para o dono do estabelecimento que também investe e quer retorno. E ainda tem mais a mídia envolvida na divulgação de cada evento artístico como rádios, internet, jornais, assessoria de imprensa e etc. Uma conversa que normalmente acaba numa afirmação desanimada de que a situação é difícil mesmo para o artista e para todo mundo, pois não ganham quase nada, o lucro é baixo e o apoio é pouco.
Por um lado se a internet democratizou a distribuição do trabalho artístico através de seus vários canais, a apresentação ao vivo, ou seja a concretização in loco da arte, o contato do artista com seu espectador, o momento denominado Show, como o próprio verbo em inglês significa mostrar, ainda encontra sérias dificuldades. É preciso melhor infra-estrutura para apresentações artísticas e parcerias entre as casas de shows e a mídia para que o valor cobrado pela divulgação dos eventos não inviabilize a ideia como um negócio, pois afinal precisamos de um modelo de arte sustentável neste mundo cada vez mais independente.
Porém desta vez pensamos em ir além dessa opinião inerte e perguntamos o que eu, Zumbira, como artista, Tiago Jucá, como jornalista, e outras pessoas poderíamos fazer pra esta cena melhorar, se ampliar, se integrar, ou até mesmo existir?
Desse questionamento surgiu a ideia de criar um circuito, um projeto que tivesse por objetivo a organização de eventos em diferentes espaços da cidade, mas compondo um calendário integrado. Gerando, assim, novas opções para donos de estabelecimento, artistas e público espectador, fomentando discussões e intercâmbio de ideias não só a nível local, mas se possível integrar pessoas de fora daqui que possam vir e contribuir com sua arte e experiência.
A necessidade desse maior intercâmbio é imediata, pois é bem sabido que da mesma forma que nós, como artistas, buscamos maior alcance para nossa arte em outras regiões do estado e do país, a mesma vontade existe nos artistas dessas outras regiões de virem apresentar sua arte ao exigente público de Porto Alegre. E muitas vezes nos falta infra-estrutura, divulgação e por consequência, público para estes eventos, o que acaba determinando nossas opções culturais em lugares para poucos privilegiados. Tipo grandes teatros como o do Sesi, da Fiergs ou o Stage da Pepsi, que escolhem suas opções com base no retorno que a venda de ingressos pode dar. E olha que preço de ingresso para boas atrações em Porto Alegre é bem caro.
Mas o interessante é que a ideia surge de uma necessidade prática. A revista O DILÚVIO torna sua atuação mais interessante, criando eventos culturais diferenciados, para que cada anunciante da revista pensasse que não está comprando apenas um espaço na revista para fazer sua propaganda e sim apoiando um conceito independente de organização de eventos, a fim de agregar o que temos de melhor na nossa cultura local, colocar a sua casa dentro de um calendário de eventos e atrair dessa maneira outros públicos.
A necessidade de integração entre as diversas artes, seus praticantes e espectadores. Foi pensando nisso que se começou a estruturar a ideia do circuito de eventos, que pudesse estabelecer uma agenda periódica na cidade com eventos culturais. Show, acústico, talk show, debates, mostra de vídeo, tudo misturado num caldeirão que definitivamente não é o do Huck. Enfim uma tentativa humilde e um tanto ufanista de integração cultural a fim de oferecer mais opções de qualidade ao público e mais espaço ao artista.
Então o que falta? Falta muito. Falta empresas apoiarem essa ideia, envolvimento da mídia independente, união entre artistas, até mesmo no microcosmo de juntar equipamentos para viabilizar um evento, pois as vezes se desiste de uma grande ideia por falta de pequenos recursos. E essa ideia surgiu assim como a maioria das boas ideias, com grande potencial e poucos recursos.
Agora é hora de ampliar o conceito, planejar, esquematizar, contribuir, você dono de bar, produtor de evento, dono de estúdio, gerente de rádio, de jornal, de revista, jornalista, empresário, você artista, você que coloca a cara pra bater e sente a necessidade sua e do povo de mais pão e também de muito mais circo, participe!
*Zumbira é compositor, cantor e guitarrista da banda Zumbira e os Palmares, e do projeto de reggae Grass Effect, empresário de Internet e sonhador. zumbira@gmail.com
terça-feira, 4 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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