#CADÊ MEU CHINELO?

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

[zipmusic] AMY WINEHOUSE NO RIO DE JANEIRO



::txt::Oscar Vasconcelos::
::pht::Roberto Filho e Léo Martinez::

Amy Winehouse escolheu o Rio de Janeiro como base para sua turnê brasileira. Ironicamente está hospedada em um bairro cujo nome homenageia uma mulher de princípios inabaláveis, Santa Teresa. Ela costumava afirmar que “o mais importante em uma pessoa é o respeito que ela pode ter por si mesma e pelos outros, pela vida, enfim.” Por outro lado, é uma região localizada no alto de uma colina, com caminhos tortuosos que se ligam a diversos bairros da cidade, e com raízes seculares fincadas na Lapa. Ou seja, se ela sair do hotel e tropeçar na ladeira, acertará em cheio uma das melhores noites da cidade, e aí certamente não vai ter água mineral que segure a onda da adorável inglesinha...

Os dois últimos anos são sombrios, confusos e cheios de especulações – negativas e positivas – sobre a vida e a carreira de Amy Winehouse. Algumas apresentações curtíssimas, em eventos ou shows de amigos, até que ela, ao que parece, resolveu mesmo “voltar”. O “marco zero” pode ser considerado o pequeno show de aquecimento feito em Moscou no fim de 2010. Lá estavam os mesmos – ótimos! - músicos que a acompanham no Brasil, são eles: Dale Davis (baixo), Hawi Gondwe (guitarra), Troy Miller (bateria), Sam Beste (teclados), Henry Collins (trompete),Frank Walden (sax baritono), Jim Hunt (saxofone), Zalon Thompson e Heshima Thompson (vocais). Durou 40 minutos e ao que parece, dentro das possibilidades, tudo correu bem.

A turnê no país começou em Florianópolis, no último sábado, sob olhares atentos do mundo. As impressões sobre a performance variaram um pouco. Algumas reclamações tiveram como alvo, principalmente, a curta apresentação (70 minutos), pérolas fora do set list, o vocal embolado e esquecimento de letras. Por outro lado, há quem diga que foi excelente, a começar pelo “simples” fato de ouvir Amy, inteira, ao vivo. Muito elogios ao estado “light & clean” com roupas brancas e regado a muita água, à alegria dela no palco refletida na execução de algumas canções, ao profissionalismo e pontualidade. Acima de tudo a presença no palco de uma das mais interessantes e expressivas artistas do nosso tempo, e a vontade de estar lá, mereceu o reconhecimento daqueles que pagaram para vê-la.



Mesmo já tendo a garantia de casa cheia, afinal quase não havia mais ingresso disponível, as notícias que vieram do sul deixaram o clima, para o show na cidade maravilhosa, ainda melhor. O público carioca, estava ‘calorosamente’ receptivo e empolgado para ter sua primeira noite com Mrs Winehouse na Arena HSBC. A ansiedade foi amenizada pelo ótimo show de abertura feito por Janelle Monae. Desconhecida da maioria dos presentes, influenciada pela nata da música negra, fez uma salada sonora temperada com as mais inusitadas variações vocais e muita dança. Saiu do palco ovacionada.

Para surpresa de muitos, no horário previsto, Amy surge no palco, anunciada por sua banda. Parece bem disposta, alegre, e abre a noite com “Just Friends”. O público delira, nas cadeiras não há ninguém sentado. Ela corresponde com dancinhas, sorrisos e passos trôpegos enquanto mantém a mesma sequência inicial do show anterior (Back to Black, Tears Dry On Their Own, Boulevard Of Broken Dreams, Outside Looking In e Love Is Blind), mas só sai do palco depois de “Some Unholy War”. Nesse momento, a banda, com Zalon à frente, ataca com duas canções bem carregadas de soul e funk. Mesmo assim não conseguem manter a temperatura elevada. Amy volta e, sem muito entusiasmo, apresenta músico por músico enquanto cada um deles faz um solo.

Para retomar as rédeas da noite, “Rehab”, mas numa versão tão curtinha e burocrática que parecia aquecimento. Executou então uma dobradinha pra levantar o astral, “You Know I’m No Good” e “Valerie”, mas na sequência todos deixam o palco. Sim, era o prematuro “bis” que estava por vir. Ao menos veio “forte” com “Love Is a Losing Game” e “Me and Mr Jones”. Mrs. Winehouse dá um discreto tchauzinho para os fãs e sai de cena após menos de uma hora de show. Seus músicos ainda tocam “You Wondering Now” sob milhares de olhares incrédulos. Terminam, se despedem, acendem-se as luzes... Uma parte da platéia ensaia uma vaia e o resto baixa a cabeça e vai embora sem acreditar que foi só isso.

A expectativa de boa parte dos presentes com certeza não foi atingida mas, dependendo da abordagem, sempre se pode melhorar ou piorar um cenário. Existem os fãs que só queriam vê-la e pagariam o quanto fosse pedido por esse momento. Viram e ficaram imensamente felizes. Até porque, enquanto cantou, Amy foi bem, só esqueceu feio uma letra. Por isso a sensação de que ela poderia ter dado um pouco mais. Afinal, existem as pessoas que pagaram para ver a apresentação de uma grande cantora que quer provar ao mundo que está apta a retornar aos palcos da Europa e Estados Unidos, principalmente. E que talvez não pagassem o mesmo valor se soubessem que veriam apenas um pocket show. Tudo é relativo, e Amy terá mais duas oportunidades para fazer shows no Brasil. A torcida é sempre a favor.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O MORRO É NOSSO?




Uma mentira repetida várias vezes vira verdade
txt: Arlei Arnt
pht: Melissa Orsi dos Santos

Na época do ditador Vargas, então já com a máscara de pai dos pobres encobrindo a face nazista que entregava judeus pra Hitler, havia uma frase popular, embora não tivesse sido criada pelo povo, muito pelo contrário: "o petróleo é nosso". (um dia ainda escreveremos sobre o império americano-soviético, que se diziam inimigos, mas nunca duelaram, dae o nome "guerra fria", e dominaram o mundo por meio século, enquanto muitos morriam por uma causa ou outra sem saber que era a mesma causa: dominar o mundo através de uma classe de dirigentes)

Ainda hoje ecoa na voz dos guardiões das ditaduras o slogan que nunca fez sentido real. O petróleo só é nosso quando vaza no mar que nos banhamos e pescamos, ou quando dá prejuízo. Fosse mesmo nosso, gasolina não seria tão cara.

Agora surge outra mentira, mais exatamente na comunidade local, digo, aqui no chulé do país. Eis a seguinte balela: "o Morro Santa Teresa é nosso". Nosso de quem? No máximo temos uma pracinha mal cuidada pra ver o por do sol do rio Guaíba.

Claro, aqui ninguém é burro de perceber aquilo o que a Yedinha, que a situação e oposição unidas chamam de governadora, quer. Vai vender a área prum jaiminho da silvostky em troca de merrecas. E o seu jaiminho, pra evitar a fadiga, vai desmatar tudo, construir enormes prédios e assistir aos jogos da sua equipe favorita. Até ae é logic que somos contra isso.

Mas o que chama a atenção é a balela que o "o morro é nosso". Imagine conosco, querida(o) leitor(a). Você tem uma casa. Certo dia aparece alguém pra comprar. Você não quer vender. Mas pra dizer isso, monta um blog, organiza uma passeata, colhe assinaturas prum abaixo-assinado e sai gritando: "a casa é minha".

Ok, você não entendeu. Se o morro fosse nosso, então não há o que protestar, reclamar, chorar. É só não vender. Se o governo estadual quer vender, só nos resta dizer: o morro é não é nosso porra nenhuma. O morro é da meia dúzia que governou, governa e governará esta província. Eles que sempre decidem o que fazer com o bem estatal, que você insiste em teimar que é público. Público é aquilo que não é de ninguém. Estatal é do estado. E o estado é de poucos. Nós somos massa de manobra.

Vamos recorrer ao mestre Bakunin, pedaço de texto tirado de um blog libertário bem maneiro, que descobrimos por acaso:

"O Estado então é a mais escandalosa negativa, a mais cínica e completa negativa da humanidade. Ele estraçalha a solidariedade universal de todos os homens sobre a Terra, e une alguns deles somente para destruir, conquistar e escravizar todos os restantes." - Mikhail Bakunin

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