#CADÊ MEU CHINELO?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

E-BRAZIL




# álbum virtual #

The amazing new music from the land of samba


txt e ntrvst: Tiago Jucá Oliveira



Alguns dias atrás, ao teclar idéias com meu brother Rossano Snel, falávamos dos álbuns virtuais que passamos a colocar aqui pra descarga gratuita, e ele se ofereceu pra organizar uma coletânea de música eletrônica brasileira. E aceitei, pois acompanho os trabalhos dele e gosto muito. Ele é a uma das revelações de nossa música (talvez não se de tanto valor aqui como se dá na gringa), e botei fé na seleção que poderia ser feita, dando total liberdade.

Quando recebi o álbum, me surpreendi mais ainda. Artistas que tenho certa amizade, como Malásia, que também toca com a Apolônio, presentes. Artistas que acompanho a carreira, como Tita Lima e Sonic Junior, também incluidos na coletânea. E outros que passo a conhecer e já admirar, como Modo Solar, que faz um som excelente.

Para quem não se interessa por música eletrônica, livre-se deste ridículo preconceito. Até porque o que você vai ouvir não é exatamente aquele bat-cum monótono e sem melodia. Baixe e perceba canções bem elaboradas, tocadas e produzidas, flertando com o soul e o funk setentista e também com o swing brasileiro.

Baixe o álbum aqui: PARTE 01 e PARTE 2

ouça mais Rossano Snel no seu perfil do myspace

e leia abaixo o pequeno papo virtual que tivemos.



Conte um pouco sobre você, o que faz, seu histórico e tal.

Sou um músico e produtor musical. Comecei tocando flauta-doce. Depois, estudei outros instrumentos, como: piano, flauta transversa, violão, percussão. Fiz um pouco de canto coral também e estive sempre envolvido com assuntos musicais e rodeado de amigos músicos. Fiz inúmeros cursos e oficinas, estudei com nomes como Arismar do Espírito Santo, Badi Assad, Omid Bürgin... graduei-me em Música pelo Centro Universitário Metodista do Sul - IPA. Enfim, a música acabou sempre rodeando a minha vida. Trabalho com música todos os dias da semana. Não consigo parar um minuto sequer de ouvir música ou ficar batucando, cantando ou assoviando. Atuo como compositor em uma produtora de áudio, criando trilhas sonoras e áudio publicitário, mas meu foco está em desenvolver cada vez mais minha carreira artística (que teve um grande impulso com o lançamento do EP Gallery, em fevereiro, pelo selo One Cell Records, de Los Angeles). Música é a minha religião. Não pretendo seguir estilo musical algum. Ouço muita coisa mesmo, sons meio antagônicos até (!). Mas minha música acaba flertando muito com música eletrônica, com música brasileira, com ruídos, jazz, soul, um pouquinho de rock, downtempo, música concreta, samba, world music, influências da música erudita... Eu e mais três filmmakers estamos acabando de finalizar um curta-metragem de 1min sobre meu trabalho. Algo como uma poesia audiovisual que trata sobre o som que eu faço. Essa semana mesmo meu disco ficou no 4o. lugar de uma rádio de New Jersey e saiu no badalado blog: Indiepassion. Planos concretos? Novo disco para o final do ano, video clipes, tour pelo Brasil e formar mais parcerias.

Como foi a escolha das faixas desta coletânea e o como foi o contato e reação com os artistas convidados?


A escolha das faixas ocorreu de forma natural... Procurei artistas brasileiros com os quais me identifico e valorizo o trabalho. Além disso, acho que estes artistas possuem, cada um, algo de diferencial que os destaca no meio da multidão. Tem gente que eu queria muito que entrasse na coletânea, então, tive que correr um pouco mais atrás dos contatos para poder incluir aqui. E basicamente, procurei fazer uma coletânea que soasse com um DJ set mesmo, evoluindo de forma natural. O mote foi unir artistas que tenham a cara do Brasil mais que tragam algo de novo para a nossa terra... uma nova sonoridade, uma nova cor. Os artistas curtiram a idéia e todos se mostraram muito solícitos em participar da coletânea... Quanto aos artistas que não tinha contato ainda, a compilação serviu para estreitarmos relações, o que é ótimo no meio musical.

Como você ve e define a música eletrônica brasileira atual ?


Eu acho que a música eletrônica nacional atual (ufa!) está cada vez mais elaborada, bem estrurada e evoluída. Sinceramente, não faz muito tempo que acompanho a cena (visualizo isso tudo há apenas alguns anos) mas cada vez mais vejo que a galera de fora tem valorizado o produto nacional. Acho isso ótimo pois cada vez mais as portas se abrem para os artistas daqui correrem o mundo mostrando seu trabalho. Além disso, o acesso aos equipamentos melhorou muito e nesse ponto, o computador facilitou muito as coisas para a galera começar a produzir em casa, sem depender de uma mega estrutura para poder criar sua própria música. Assim, o talento dos artistas pode aflorar bem mais fácil... e o público agradece!

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