Domingo,
ontem, completaram-se três anos do assassinato de Marielle Franco. Tudo
parece óbvio sobre quem mandou matá-la, mas infelizmente são só
“coincidências” pra justiça. No mesmo dia, o deputado federal Daniel
Silveira, um dos que quebraram uma placa com o nome de Marielle, tem sua
detenção aliviada pra domiciliar. É um tapa na cara de todos nós.
Esse
deputado, além de ameaçar a ordem burguesa institucional da qual
compactua, pois só através dessa falsa democracia representativa ele e
seu “mito” podem concorrer e se eleger, é um dos colaboradores pra
montar um dossiê de antifascistas organizado e divulgado na internet
pelo deputado estadual paulista Douglas Garcia e entregue ao governo
americano por um dos filhos do Bozo. Nesse dossiê tem nomes completos de
mil pessoas com dados tipo endereço e telefone de pessoas contrárias ao
governo federal, no qual me incluo.
Enquanto isso, um silêncio
fúnebre ecoa pela janela, cortado apenas pelas agonizantes sirenes de
ambulâncias a transportar vidas sem esperança de vagas em leito de UTI.
Acordar virou uma rotina diferente, um se tocar na própria pele pra ver
se amanheci vivo. Qualquer tosse ou espirro é um alerta aceso.
Nos
últimos dias se foram uma ex-sogra de um primo, um tio de um amigo, uma
amiga de minha mãe e um pai de uma amiga. Sem falar de um pai de um
amigo, morto por outro motivo, mas depois de três dias ainda não
conseguiu ser enterrado. A morte banalizou. A gente cansou até de bater
panela na janela. O projeto genocida dos milicianos está dando certo. A
marcha macia dos negacionistas não somente vibra, como também bloqueia o
acesso aos hospitais.
O pesadelo galopa.
#CADÊ MEU CHINELO?
terça-feira, 16 de março de 2021
[mandachuva] O PESADELO GALOPA
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