#CADÊ MEU CHINELO?
quinta-feira, 2 de abril de 2009
NAÇÃO ZUMBI
# noé ae ? #
O original não morre falso
txt e phts: Rodrigo Colla
No dia 26 de março, quinta-feira, a banda esteve em Porto Alegre – RS pela primeira vez desde o lançamento de seu último disco “Fome de Tudo” (2007), que ganhou o prêmio Uirapuru de melhor álbum da música brasileira em 2007, tendo ainda as músicas “Bossa Nostra” e “Inferno” respectivamente em primeiro e segundo lugar no quesito melhor música, além de outros prêmios e figurações no topo do ranking de diversas categorias. Ver lista completa >>> AQUI <<<
A Nação Zumbi foi ao palco do Drakkar Music Hall por volta das 00h30min. O público nitidamente já mostrava sinais de ansiedade. Era uma fome de tudo interativa e vinda de todas as partes, fome de ouvir e ser ouvido, fome de Fome de Tudo, “forte como quem come”. Foi com a canção que dá nome ao álbum que a banda de Recife abriu o show, o público pôde, satisfeito, degustar os primeiros acordes e rufares.
Cabe fazer um “parêntese” aqui para falar do último disco da banda. O álbum Fome de Tudo é certamente o melhor da Nação Zumbi desde a morte de Chico Science. Parece ser também o mais maduro e se pode considerar perfeitamente uma obra de arte como um todo, onde o conteúdo é indissociável embora separado por faixas. Percebe-se uma coerência entre as canções, elas são bem amarradas e constroem o significado do que vem a ser a “Fome de Tudo”. Através desses entre outros fatores, a banda prova uma maturidade atingida por poucos na música contemporânea. Em A Culpa, faixa 10 do Fome de Tudo há um verso que diz “o original não morre falso”. A originalidade da Nação Zumbi é perene e parece reviver e se resignificar cada vez de forma mais original.
A Nação Zumbi mesclou canções do Fome de Tudo com músicas da época de Chico Science e sucessos dos álbuns anteriores como Meu Maracatu Pesa uma Tonelada, Blunt Of Judah e Hoje, Amanhã e Depois. Executou sua versão de Quando a Maré Encher da banda Eddie e homenageou ainda Jorge Ben com Umbabarauma e Siba e a Fuloresta com Bringa.
A banda fechou o show com Da Lama ao Caos, música que dá nome ao álbum de 1994, considerado fundador do movimento manguebeat. O público ainda ficou querendo mais e “sem fastio, com fome de tudo”, gritou em uníssono “Nação Zumbi”.
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