#CADÊ MEU CHINELO?
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
MURO DE BERLIN
# manda chuva #
O muro entre as vergonhas
txt: Tiago Jucá Oliveira
Hoje comemoramos 20 anos da queda do muro que ficou conhecido como o da vergonha, que dividia Berlin ao meio. É a mais significativa revolução do breve século passado. Não há um caracter de tomada de poder, de conflito, de lideranças populistas, de organizações sindicais e de militares golpistas. É uma revolução num sentido mais espontâneo, feito por pessoas comuns, em nome da liberdade.
E esse é o grande mérito dela. O lado até então dominado pelos comunistas ficara livre da totalitária ditadura do proletário modelo pirâmide, e foi apresentado a selvageria do mercado, também piramidal. O povo alemão outrora com a cabeça a prêmio de um golpe de martelo ou foice, caso quisesse se opor, enfim sentia os ventos de poder ter liberdade pra se expressar. Conheceu o mundo competitivo e seus efeitos colaterais, como violência e desemprego, mas pelo menos saiu da gaiola.
Algumas ditaduras se mantem com apoio da sociedade quando a economia está no mínimo suficiente pra por comida na boca do povo subordinado, e com medidas populistas em programas sociais. Os que defendem a ditadura cubana enchem a boca pra dizer: "Cuba tem bons indicadores sociais em educação e saúde".
No caso alemão, e de todo leste europeu, nada mais era possível fazer pra calar o povo, nem o próprio poder de estado, ainda em pé, tinha forças para isso. O curioso, é que por seguir a cartilha soviética, os países do leste não tiraram proveito do pior momento da economia de mercado, após o boom do preço do petróleo na década de 70.
Um barril de petróleo era vendido por U$ 2,53 em 1970 e por U$41 em 1980. Como observa Eric Hobsbawm, "é uma ironia da história o fato de que as economias 'socialistas reais' da Europa e da URSS se tenham tornado as verdadeiras vítimas da crise pós-Era de Ouro da economia capitalista global"
Calados por décadas, a massa não mais se contentava, pois a barriga começou a roncar mais alto que o silêncio obrigatório das ditaduras comunistas. Pessoas dizem que "sem comida a cabeça nao pensa direito". Eu completaria: "não pensa, age". Famintos de liberdade, com o apoio dos alemães doutro lado do muro, vimos pela tevê uma das mais belas imagens do breve século XX. Eu adoro distruição!
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