:: txt :: Paulo Wainberg ::
Sobre os movimentos, passeatas e manifestações de junho de 2013 em todo o Brasil,
principalmente no que diz respeito à reação policial aos atos de vandalismo praticados por
criminosos entre as multidões, sugiro esta reflexão:
E se você fosse da polícia de choque, treinada para o ataque e para o conflito.
E se durante uma manifestação, um grupo começa a quebrar, invadir lojas, roubar, depredar,
incendiar e destruir.
E se você recebe ordens de seu comando para conter os atos de vandalismo e prender os
criminosos.
E se você investe contra o bando de vândalos você:
a) Pergunta delicadamente a cada pessoa no seu caminho se ele é vândalo?
b) Ataca o grupo sem identificar indivíduos e tenta proteger o bem público, deter e prender os
criminosos?
Não, não estou defendendo violência policial, muito pelo contrário. Estou dizendo que a polícia,
como um todo, como uma instituição republicana inserida na ordem democrática, tem o dever de
impedir a prática de crimes, deter e prender os criminosos.
Estou dizendo que numa multidão agressiva, é impossível à polícia fazer distinções, na hora em que
ela, a polícia, tem que responder aos ataques.
A polícia é composta de seres humanos. Cada policial tem medo, tem instinto de preservação, tem
treinamento e discernimento.
Porém, e já participei disto nos meus antigos tempos, quando se trata de enfrentar a multidão, é
impossível discernir.
Só isto.
Que nos protestos de hoje, os criminosos, traficantes, ladrões, assassinos e outros criminosos
comuns, possam ser identificados e excluídos do movimento. É o único modo de a manifestação
começar e terminar em paz.
#CADÊ MEU CHINELO?
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