::Jucazito::
Andrelo sempre carregou consigo uma fama que ele até gostava. Toda a cidade de Tibiquari sabia disso, e Andrelo se orgulhava da fama de punheteiro. Quando retornei ao Porto dos Casais, vim morar com ele e Rafaelo, lá num apartamento na Outeiro. E pude observar que 95% de suas revistas eram de putaria. Vídeos cassetes, então, só alugava os filmes pornôs. Mais engraçado era chegar na baia antes da hora e pegar Andrelo de surpresa, correndo só de zorbinha pro banheiro com uma revista na mão.
Uma de suas paixões, afinal, ele tinha várias, inúmeras, muitas paixões, era a Vanessa. Cansei de ouvir Andrelo tecendo comentários sobre a garota:
- Bah, Jucazito, a mina me dá muito mole, é só comer, eu que não quis ainda.
Sim, ele sempre dizia isso. E sobre várias. Mulher de fulano, noiva de beltrano, todas elas davam mole, mas ele só não pegava por que não queria. Todo homem de Tibiquari era um possível futuro corno, só dependia da vontade de Andrelo botar as guampas no infeliz.
Na chácara de Bebeto Doidão era comum festas da galera. Como ficava lá no meio dos matos, a chácara era o lugar perfeito pra fazer barulho e se drogar nos fins de semanas que nada tinha de bom pro centro da cidade. Andrelo já havia consumido muita cerveja, maconha e outras coisas. Ele já tava quase perdendo a caixa preta quando Vanessa chega à chácara com seu namorado. Melhor dizendo, futuro corno.
Lá pelas tantas, Vanessa pede a chave do banheiro pra Bebeto. Ela e o namorado, digo, futuro corno, querem usar a banheira. Fazer amor ali mesmo, enquanto o povo bebe, fuma e cheira pelas outras dependências da casa. E Andrelo locão, doidão, malucão. Ele nota que Vanessa tá na dele, e que ir pra banheira era somente um sinal pra ele.
Enquanto o casal se banha e fode na banheira, Andrelo descobre um fresta na porta onde consegue ver tudo que se passa lá dentro. Suas mãos já estão a esquentar suas calças no momento que a gurizada chega ao corredor.
- Qualé Andrelo? - pergunta Alvinho.
- Aquela vagabunda tá transando com o namorado e me dando bandeira.
- Então aproveita, cara, vai pra cima.
Alvinho não poderia ter dito frase melhor, ou pior, dependendo do ponto de vista. A partir de então, Andrelo já começa a se despir, empunha seu instrumento de trabalho e inicia a masturbação. E a gurizada, tudo já pra lá de Bagdá, se junta pra ver a cena e a por pilha:
- Entra lá, Andrelo, vai com tudo, mermão, queremos ver tu comer a disgraçada.
- Olha que eu entro!
- Andrelo! Andrelo! Andrelo!
O combustível que faltava! Andrelo toma coragem, chuta a porte e invade o banheiro com o pau pra fora:
- Posso participar junto?!
Meses depois o namorado de Vanessa pegou uma corrente e foi pra cima de Andrelo. Hoje o rancor virou piada, e como o próprio protagonista diz, “ainda bem que o ECAD não fiscaliza os direitos autorais da punheta”. Oxalá!
#CADÊ MEU CHINELO?
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