#CADÊ MEU CHINELO?

sábado, 31 de maio de 2014

[bolo'bolo] KANA


    kana pode ser a subdivisão mais freqüente e prática de um bolo, já que o bolo é provavelmente grande demais para se viver junto imediatamente.* Um kana consiste de quinze a trinta ibus, e um bolo contém perto de vinte kanas. Um kana ocupa uma casa maior numa cidade, ou duas casas adaptadas para formar uma só. Corresponde a uma vila, um grupo de caça, um grupo de parentes, uma comunidade. O kana é organizado em torno da vida doméstica (ou na cabana, na tenda, no barco) e é completamente definido pelo estilo de vida e pela identidade cultural de seu bolo. Não pode ser independente na sua provisão de comida e produtos porque é muito pequeno, e por isso muito instável (como mostram as experiências das comunidades alternativas nos anos 60).

    Conforme o estilo de vida do bolo, podem surgir mais arranjos além do kana: casais, triângulos, famílias nucleares, patriarcados, matriarcados, parentes, times, etc. Um bolo também pode consistir de 500 ibus avulsos que vivem juntos, como num hotel ou monastério, cada uma na sua, cooperando apenas num nível mínimo para garantir sobrevivência e hospitalidade. O grau de coletividade ou individualismo é limitado apenas por essas necessidades básicas. Qualquer ibu pode descobrir seu bolo ou kana preferido, ou procurar outros novos.


*O kana corresponde ao bando de caçadores/coletores que, segundo Leakey, foi a comunidade-padrão da humanidade (mesmo antes do homo sapiens) por milhões de anos. Considerando que nós (incluindo todo mundo, desde o intelectual-solteiro-Zen-cocaína-neon-metropolitano até o aborígene da Austrália) estivemos perambulando pelos campos em grupos de vinte e cinco durante milhões de anos e que só nos últimos milênios começamos a viver em famílias, vilas, cidades, praticando agri e fabricultura, podemos supor que kana é algo que ainda temos em comum. (Em todo o caso, é mais natural que a família nuclear). Como o bolo, kana é uma forma de sociedade universal, uma base comum através de todas as barreiras culturais.

    O kana patriarcal ainda vive em diferentes metamorfoses: salas de aula, pelotões de infantaria, clubes, células partidárias, círculos de amigos íntimos, etc., e assim vai exercendo seu charme paleolítico na sociedade do trabalho. Com bolo e kana vamos buscar muito longe (50.000 anos atrás) a força para esse grande salto. As tradições conscientemente exploradas são a base do futuro poder. (Geralmente as sociedades tradicionais não sabem nem mesmo que têm tradições, e muito menos para que elas servem).

sexta-feira, 30 de maio de 2014

[noé leva a dor] ALGUNS DOS INÚMEROS MOTIVOS PARA BOICOTAR O CONGLOMERADO GLOBO


Apoiou a ditadura militar.

Nunca se pronunciou contra a censura prévia à imprensa.

Ignorou a tortura e sempre encampou as versões oficiais em relação aos desaparecidos políticos.

Boicotou a Campanha das Diretas enquanto pôde. É dessa época a frase: “O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo”.

Seu núcleo de Jornalismo distorce as notícias, manipula dados estatísticos, omite, deforma e ficciona a História brasileira e mundial. Por isso, o Jornal Nacional tem o apelido carinhoso de Ilha da Fantasia.

A Globo atuou e atua abertamente dentro do Congresso Nacional, pressionando e corrompendo os deputados, com o objetivo de atender a interesses próprios como o de melar a votação sobre as mudanças na Lei de Concessão de Canais de TV e Emissoras de Rádio.

Quando brasileiros viajam ao exterior e alguém fica sabendo que são brasileiros, sempre perguntam: “Ah, você é daquele país que é governado por um canal de televisão?”

Através das telenovelas, a TV Globo uniformizou até a fala do brasileiro, destruindo o folclore, a cultura, os sotaques e dialetos regionais.

Clique aqui e faça o download do documentário "Muito Além do Cidadão Kane", de Simon Hartog, produzido em 1993 pelo Channel 4 para a BBC. O documentário discute o poder da Rede Globo e teve sua exibição proibida no Brasil.

Clique aqui para assistir a esse documentário online.

Clique aqui e leia algumas passagens interessantes a respeito da Globo.

BOICOTEMOS O CONGLOMERADO GLOBO.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

[agência pirata] QUEM PARIU A COPA QUE A EMBALE

:: txt :: Percival Puggina ::

Lula quis fazer uma borboleta e produziu um morcego.

A potência emergente foi tomada de assalto pelo crime organizado, tanto nos últimos andares do poder, no grande mundo, quanto no submundo.

De vez em quando me vem à lembrança a figura do Lula oferecendo o Brasil para sediar a Copa de 2014 com aquele ar de Moisés malandro levando o povo à terra prometida. Entre os anos de 2003 e 2007, o governo brasileiro suou o topete para alcançar o espetacular objetivo. Sempre fui contra.

Antes da Copa da África do Sul, a propósito do "Let it be! (Pois que seja!)" com que o bispo Desmond Tutu respondeu aos jornalistas que lhe perguntaram se os estádios sul-africanos não se transformariam em elefantes brancos, eu escrevi: "A FIFA impõe aos países eleitos para acolher seu empreendimento exigências que só se cumprem despejando bilhões de dólares nos seus cofres, nas betoneiras das construtoras e nos altos fornos das siderúrgicas. Se fosse bom negócio, não faltariam empreendedores interessados em bancar a festa porque sobra no mundo dinheiro com tesão para o crescei e multiplicai-vos".

Contudo, os delírios de grandeza e a notória imprudência do líder máximo do petismo nacional mobilizaram a opinião pública que aceitou a Copa como um dos símbolos símbolos do Brasil potência emergente. A maior parte do povo brasileiro, do mesmo modo como espera o último dia de qualquer prazo para fazer o que deve, esperou o último ano anterior ao evento para perceber o descompasso entre o oneroso Brasil da FIFA, para inglês ver, e o carente Brasil dos brasileiros. E aí, alguns pularam, irresponsavelmente, do oito para os oitocentos: "Não vai ter Copa!". Como não vai ter Copa? Vai ter, sim, e não serão alguns milhares de meliantes presunçosos que vão impedir a realização do evento. A estas alturas, com o pouco de vergonha que nos reste na cara, faremos a Copa.

O que me traz novamente ao tema é o fato de que Lula quis fazer uma borboleta e produziu um morcego. Os espaços que nestes dias a mídia do resto do mundo dedica ao Brasil, em vez de exibir as maravilhas nacionais como sonhava o Lula, estão tomados por severas admoestações aos viajantes sobre os riscos de vir ao nosso país. Nosso cotidiano, descobrem, é assustador. A potência emergente foi tomada de assalto pelo crime organizado, tanto nos últimos andares do poder, no grande mundo, quanto no submundo. (Não por acaso, A Tomada do Brasil é o título do meu próximo livro). Basta-nos assistir os noticiosos do horário noturno para nos depararmos com cenas que ora lembram ocorrências de países em guerra, ora nos nivelam com as mais atrasadas republiquetas da África Subsaariana.

Se Lula, se Dilma, se o petismo dominante pretenderam transformar a Copa numa excelente oportunidade para o marketing pessoal, político e - até mesmo - nacional, seus burros empacaram dentro d'água. Foi mal, para dizer como a gurizada destes tempos. A atualidade brasileira, a violência e a insegurança de nossas ruas fazem lembrar o que Eça de Queirós escreveu numa crônica de 1871 quando se falava, em Lisboa, sobre os turistas que viriam à terrinha com a construção de uma ferrovia ligando Portugal à Espanha. Escreveu então o mestre lusitano: "A companhia dos caminhos de ferro, com intenções amáveis e civilizadoras, nos coloca em embaraços terríveis: nós não estamos em condições de receber visitas".

Não estamos, mesmo. Mas agora, quem pariu a Copa que a embale. Que apresente e justifique ao mundo, aos nossos visitantes, o Brasil real, a insegurança das nossas ruas, a violência do cotidiano nacional, nossa incapacidade de cumprir prazos, a limitação monoglota de nossos aeroportos, hotéis, restaurantes e taxis e as muitas tentativas de passar-lhes a perna a que estarão sujeitos. É o lamentável Brasil de 2014.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

[...] NYX

:: txt :: Júlio Freitas ::

sou pedaço do primeiro
cenário da desordem
Caim

a câmara de gás
o holocausto
o estopim.

#ALGUNS DIREITOS RESERVADOS

Você pode:

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