#CADÊ MEU CHINELO?

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

[agência pirata] A ARTE DA GUERRA






::txt::Xico Sá::

Amigo torcedor, amigo secador, ou o Corinthians acaba com esta história de espírito de Libertadores ou o espírito de Libertadores desencarna o Corinthians, mais uma vez, da competição continental.
O time mosqueteiro, de origem operária, já nasceu aguerrido. É uma característica natural. Mais que isso, vira fúria, avexamento e desequilíbrio, como na noite de anteontem em Guayaquil.

Sim, o juiz fez algumas trapaças de varejo que prejudicaram o alvinegro, mas não ao ponto de ter decidido o destino do jogo. Se for perder a razão cada vez que isso ocorrer fora de casa, em alguma cordilheira da América, melhor desistir da taça.

Há uma versão brasileira errada do que seria esse tal de espírito copeiro dos adversários latino-americanos. O que eles sempre usaram, principalmente os argentinos e uruguaios, donos do maior número de títulos, foi a catimba, que vem a ser o espírito de porco. Não o afobamento.

Eles têm a arte de minar a paciência dos brasileiros a cada lance. Nós caímos feito uns patinhos de tiro ao alvo de parque de diversões. A catimba é o avesso do repetido, ad nauseam, espírito de Libertadores.

Catimbar também não é recomendável, até porque esta patente não é verde-amarela, exige aprendizado e cátedra. O máximo que os times daqui conseguem é fazer cera -apenas um dos itens do pacote antijogo. Isso não quer dizer que os boleiros tupiniquins sejam inocentes. Na hora de bater, por exemplo, batem tanto quanto ou mais.

Voltemos ao mundo fantasma. Quantas vezes os brasucas triunfaram somente com o espírito de Libertadores? Sempre que esta pergunta incendeia o botequim, alguém lembra do bicampeão Grêmio, equipe que desperta em nosso imaginário a ideia de "guerras" e "batalhas".

É certo que o tricolor gaúcho contava com o espírito de cruzada medieval do Dinho em 1995, mas a gente esquece do quanto jogavam Arce e Carlos Miguel, sempre deixando Jardel pronto para dar boa noite Cinderela aos arqueiros inimigos. O título de 1983 nem se fala: De Leon, Renato, Tarcísio...


O São Paulo dos 90 tinha espírito de Libertadores? Batia era um bolão, isso sim, seu Telê que o diga. Os outros campeões idem. Galeria que tem, entre outros timaços, o Fla de Júnior e Zico e os Santos de Pelé, Neymar e uma maternidade inteira de meninos.

Sem essa de espírito de Libertadores.

Vale o mantra das antigas: o jogo é jogado, o lambari é pescado.





sábado, 8 de janeiro de 2011

[fla] UMA VEZ FLAMENGO SEMPRE FLAMENGO



"Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia".
Nelson Rodrigues - Famoso escritor e torcedor do Fluminense

::txt::Zico::


Certa vez me perguntaram por que eu havia escolhido o Flamengo para torcer. Respondi que não era eu quem tinha escolhido o Flamengo, mas sim, o Flamengo que tinha me escolhido. Com um olhar confuso, me pediu que explicasse esse negócio do 'Flamengo ter me escolhido'. Simples - eu falei - Cada um pode escolher o time que vai torcer, mas não quando esse clube é o Flamengo. Ninguem escolher ser Flamenguista, o Flamengo é que escolhe a pessoa, joga sobre ela um encanto de proporções inimaginaveis, e a abençoa com a dádiva de uma paixão infinita, o escolhido, em gratidão, espalha as glórias do Rubro Negro aos 4 cantos, não abandona o manto nem mesmo quando está na pior, sujo de lama. Está sempre presente festejando junto nos momentos de alegria, e como um verdadeiro amigo, não desaparece nas horas difíceis. Ser Flamenguista, é ser escolhido para a emoção, ser tocado pela grandeza!



Time que derrotou o Inter na final em 1987:
Zé Carlos; Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico; Bebeto, Renato Gaúcho e Zinho.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A MOTOCICLETA É JAPONESA




O futebol do País Baixo trouxe ao mundo na década de 70 o famoso e envolvente carrossel holandês, comandado por Johan Cruyff. A seleção japonesa, nesta Copa da África do Sul, até então tava mediana. Não a partida contra Camarões, e contra a Holanda jogaram mal. Ontem tive a oportunidade de ver os nipônicos, e dei sorte.

O Japão nasceu pro futebol após a ida de Zico pra jogar bola no campeonato deles. Mostrou como tratar a bola com carinho. Depois veio a Copa do Japão/Coréia (do Sul, óbvio, pois na do Norte só tem mísseis apontados pros inimigos imaginários da ditadura comunista), e os japoneses sentiram como é bom e bonito o esporte bretão quando é disputado pelos melhores jogadores do mundo.

Enfim, Zico retornou pra ser técnico da seleção nippon pra Copa de 2006. O time não passou da primeira fase, mas, sem rimar rimando, Zico montou uma base. E, pelo visto, ensinou alguns fundamentos a eles. E, você leitor, sabe, que não é difícil ensinar aos japas, pois eles aprendem rápido. Semelhante a eles no quesito ensinou-aprendeu, somente os portugueses. Dizem que os portugas só praticam basquete uma vez por semana, pois alguém falou pra eles que o objetivo desse esporte é jogar bola na cesta. Observe a tradição do país no basquete, e você verá que o aprendizado teve efeito.

Pois bem. Contra a Dinamarca, o Japão jogou como Zico. Numa Copa em que a Jabulani tem atrapalhado os gols de falta, os caras foram lá e fizeram dois golaços, a la Galinho de Quintino em seus melhores momentos com o Mengão ou com a Canarinho.

E um de seus jogadores me chamou a atenção. Minha não, do mundo todo. Keisuke Honda. Fez gol de falta, driblou, armou, só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol. Deu uma finta no zagueiro dinamarquês, olhou prum lado, enganou o goleiro, sem ser fominha, e deu de bandeja pro colega só meter pro fundo das redes. Melhor definição pro Honda não há: o cara tem muitas cilindradas!

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