#CADÊ MEU CHINELO?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

[over12] THE INTERNET STRIKES BACK

INTERNETS, 18th of January 2012.
PRESS RELEASE, FOR IMMEDIATE RELEASE.



Over a century ago Thomas Edison got the patent for a device which would "do for the eye what the phonograph does for
the ear". He called it the Kinetoscope. He was not only amongst the first to record video, he was also the first person
to own the copyright to a motion picture.

Because of Edisons patents for the motion pictures it was close to financially impossible to create motion pictures
in the North american east coast. The movie studios therefor relocated to California, and founded what we today call
Hollywood. The reason was mostly because there was no patent.
There was also no copyright to speak of, so the studios could copy old stories and make movies out of them - like
Fantasia, one of Disneys biggest hits ever.

So, the whole basis of this industry, that today is screaming about losing control over immaterial rights, is that they
circumvented immaterial rights. They copied (or put in their terminology: "stole") other peoples creative works,
without paying for it. They did it in order to make a huge profit. Today, they're all successful and most of the
studios are on the Fortune 500 list of the richest companies in the world. Congratulations - it's all based on being
able to re-use other peoples creative works. And today they hold the rights to what other people create.
If you want to get something released, you have to abide to their rules. The ones they created after circumventing
other peoples rules.

The reason they are always complainting about "pirates" today is simple. We've done what they did. We circumvented the
rules they created and created our own. We crushed their monopoly by giving people something more efficient. We allow
people to have direct communication between eachother, circumventing the profitable middle man, that in some cases take
over 107% of the profits (yes, you pay to work for them).
It's all based on the fact that we're competition.
We've proven that their existance in their current form is no longer needed. We're just better than they are.

And the funny part is that our rules are very similar to the founding ideas of the USA. We fight for freedom of speech.
We see all people as equal. We believe that the public, not the elite, should rule the nation. We believe that laws
should be created to serve the public, not the rich corporations.

The Pirate Bay is truly an international community. The team is spread all over the globe - but we've stayed out of the
USA. We have Swedish roots and a swedish friend said this:
The word SOPA means "trash" in Swedish. The word PIPA means "a pipe" in Swedish. This is of course not a coincidence.
They want to make the internet inte a one way pipe, with them at the top, shoving trash through the pipe down to the
rest of us obedient consumers.
The public opinion on this matter is clear. Ask anyone on the street and you'll learn that noone wants to be fed with
trash. Why the US government want the american people to be fed with trash is beyond our imagination but we hope that
you will stop them, before we all drown.

SOPA can't do anything to stop TPB. Worst case we'll change top level domain from our current .org to one of the
hundreds of other names that we already also use. In countries where TPB is blocked, China and Saudi Arabia springs to
mind, they block hundreds of our domain names. And did it work? Not really.
To fix the "problem of piracy" one should go to the source of the problem. The entertainment industry say they're
creating "culture" but what they really do is stuff like selling overpriced plushy dolls and making 11 year old girls
become anorexic. Either from working in the factories that creates the dolls for basically no salary or by watching
movies and tv shows that make them think that they're fat.

In the great Sid Meiers computer game Civilization you can build Wonders of the world. One of the most powerful ones
is Hollywood. With that you control all culture and media in the world. Rupert Murdoch was happy with MySpace and had
no problems with their own piracy until it failed. Now he's complainting that Google is the biggest source of piracy
in the world - because he's jealous. He wants to retain his mind control over people and clearly you'd get a more
honest view of things on Wikipedia and Google than on Fox News.

Some facts (years, dates) are probably wrong in this press release. The reason is that we can't access this information
when Wikipedia is blacked out. Because of pressure from our failing competitors. We're sorry for that.

THE PIRATE BAY, (K)2012

[over12] NÓS, PIRATAS, CADA VEZ MAIS MARGINAIS

[agência pirata] O CAMPO DE BATALHA DA WEB É O SEU TEMPO

::txt::Marcelo Soares::

No Bubot, uma de nossas preocupações principais é como oferecer bons filtros para os usuários pouparem seu tempo na internet. Dois assuntos altamente comentados no Twitter ilustram um pouco onde queremos chegar com isso.

Ontem, durante o dia todo, vários amigos tuiteiros passaram fazendo piadinhas com o nome de uma garota que foi morar no exterior. A frase dita pelo pai da garota num comercial de empreiteira no Nordeste virou meme. Embora a maior parte das brincadeiras tenha sido em tom crítico, certamente os publicitários que fizeram a campanha estouraram champanhe ontem. Viralizou. Em menos de duas horas já tinha portal noticiando que a família anunciou a volta da garota ao Brasil. Aposto que vai ser um evento de repercussão nacional a chegada dela ao aeroporto.

Ao longo do domingo e segunda, o Twitter foi inundado de mensagens a respeito do que acontecia sob os edredons de um programa de alta audiência. Foi abuso sexual ou não? Deu polícia e tal. Houve portais que resolveram transformar isso em seu único assunto durante três dias. Resultado: 80% a mais de audiência para o programa criticado. Oitenta. Por. Cento. A. Mais. Sucesso, sem dúvida.

Existe um conceito que pouca gente entende na internet: o da economia da atenção (surgido neste livro interessantíssimo, há 11 anos). Há um bom artigo no Read/Write Web a respeito, mas vale a pena dar uma olhada no que significa em bom português.

O princípio fundamental da economia é que os desejos são infinitos mas os recursos são escassos. A economia é a ciência severa da escassez. Num mundo em que as formas de deixar o tempo passar são abundantes, o recurso mais escasso é o seu tempo. Você aloca seu tempo usando uma moeda chamada atenção.

Assim como na economia de reais você pode decidir se vai à balada ou se bota o dinheiro na poupança para usar depois, na economia da atenção você decide a todo instante o que fazer com seu tempo. Você pode assistir TV ou ler um livro ou curtir a família. Você pode prestar atenção no seu trabalho ou retuitar memes da internet.

“Tempo é dinheiro” é uma equação inversamente proporcional: se você tem pouco tempo, você gasta mais dinheiro (ir a um compromisso de táxi versus ir de ônibus); se você tem tempo sobrando, gasta menos dinheiro (espera para comprar passagens de avião quando há uma promoção). Geralmente somos mais ricos em tempo do que em dinheiro. Exatamente por isso tendemos a gastar mal essa moeda.

Assim como na economia de reais, a atenção “non olet”. Para o lojista do shopping center, não importa como você ganhou seu dinheiro; o que importa é que ele entre no caixa. Na economia da atenção, não importa se a atenção é positiva ou negativa. O que importa é fazer barulho, o que se traduz em cliques, vendas e pontos de Ibope.

Rebecca Black descobriu isso do jeito mais doloroso possível para uma menina de 13 anos. Ela gravou um clipe bobinho, infantil (afinal, qual era a idade dela, mesmo?), feito com a grana dos pais. Caiu na má boca do povo – teve 55 milhões de acessos em menos de um mês, com 90% de avaliações negativas e pilhas de sátiras. Mesmo com tanta vibe ruim, rendia R$ 27 mil por semana com vendas no iTunes e anúncios no YouTube. Em 2011, ela lançou mais um clipe.

Que o diga Avnash Kaushik, um papa da análise de métricas da Web, ao discutir as dificuldades de medir o “engajamento” do público online no livro “Web Analytics 2.0“:

“Dados quantitativos são limitados no sentido em que eles podem medir o grau de engajamento, mas não o tipo de engajamento.”

Ele define grau como um contínuo que vai da apatia (não vi, não cliquei) até o envolvimento acima da média com o objeto (passar o dia inteiro bombando a hashtag). O tipo é que pode ser positivo ou negativo, mas as métricas de Web não verificam isso. O clipe de Rebecca Black teve um alto grau de engajamento, ainda que do tipo negativo. Todos os 55 milhões que o assistiram viram impressões de anúncios do YouTube. Mais de 27 mil pessoas por mês compraram a música. E todos os que assistiram ao reality show no dia da polêmica foram expostos às mensagens do patrocinador. Sucesso absoluto.

Com o que você gasta seu tempo? Já prestou atenção?

Existem algumas ferramentas como o RescueTime, que ficam no seu browser medindo o tempo que você passa em cada tipo de site. Os relatórios dele chegam a ser assustadores.

O tempo é efetivamente jogado fora quando você o gasta com algo de que não gosta. Eu conheço o sabor do prazer mórbido de falar mal das coisas de que não gosto. Afinal, eu era fã de heavy metal em pleno auge do pagode mauricinho dos anos 90, antes mesmo do Tchan. Mas naquela época falar mal não se traduzia em cliques e trending topics. Que são medidas de sucesso, enfim.

Em bom português: não gosta? Ignore, em vez de ficar criticando. Isso não significa que “é feio criticar”. Significa que a energia que você gasta criticando se traduz em sucesso para os fenômenos que você critica. Gaste seu tempo como se fosse dinheiro: com o que você acha que vale a pena. Porque quem recebe esse tempo muitas vezes o traduz em dinheiro. Critique, sim, o que mereça seu tempo – especialmente se não for capitalizar em cima da sua raiva. Tipo o Stop Online Piracy Act, a lei que pode restringir muito a liberdade na Web (saiba tudo aqui).

Na internet, “sua inveja faz o meu sucesso” não é frase de pára-choque de caminhão. É modelo de negócios.

#ALGUNS DIREITOS RESERVADOS

Você pode:

  • Remixar — criar obras derivadas.

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  • AtribuiçãoVocê deve creditar a obra da forma especificada pelo autor ou licenciante (mas não de maneira que sugira que estes concedem qualquer aval a você ou ao seu uso da obra).

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Ficando claro que:

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