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#over12
A semana
txt: Tiago Jucá Oliveira
Duas coisas prenderam minha atenção à mídia nesta semana. Putaria da porra! Não sou a favor de câmaras escondidas pra obter informação jornalística. Isso deveria ser função policial. Falsidade ideológica, portanto crime? Somos nós, jornalistas, a polícia? Pergunto. Pois me parece instalado o quarto poder, com alguns poderes especiais. Ou, com o fim do AI-5 do diploma de jornalismo e da exclusividade de geração de conteúdo somente pelas grandes emissoras, uma nova era de cidadania e liberdade de imprensa está a se formar. O quarto poder, de fato: nós, em rede, comunicando e sendo comunicado, nos fiscalizando.
A primeira parte da denúncia que o Proteste Já do CQC fez a prefeitura de Barueri teve esse porém, embora muito mais revoltante foi assistir a pilantragem de nossos políticos em ação, no ato, no flagrante. Acuados pela verdade, tentaram a calar. E conseguiram num primeiro instante. Mas o babaca careca da mídia golpista reverteu a situação. Apesar de várias ações nos últimos meses que nos fazia sentir na Venezuela ou em Cuba, como a censura ao blog do Ungaretti ou a ofensiva contra a liberdade de comunicação por parte da FENAJ, há esperança.
Melhor do que a reportagem enfim ir ao ar, a delícia da noite foi espontaneamente nos dada pelo prefeito da cidade que tem nome em homenagem à uma música dos Os Mulheres Negras. O “babaca careca” que aquele senhor gritava e xingava e rugia não tem preço. Um digno representante da democracia representativa. Rouba, mente, censura e agride.
("Porém, ah porém", como dizia o mestre, "há um caso diferente que envolve toda minha gente": outra cousa também mereceu destaque na mídia, mas aí é papo pra outro texto, ok? Caso Nardoni).
O que também focou meu olhar foi o papel higiênico da Veja, cuja ótica jornalística para o caso Glauco faz crer que o assassino do cartunista é o Santo Daime. Resumi pro micro-povo : “A veja quer culpar o ayahuasca pela morte do Glauco. Então pq não culpar a droga da bíblia pela pedofilia dos padres?”
Sobre os dois casos, recomendo o texto do Alexandre Haubrich e o do Bruno Natal
Daime paciência? Nm fudendo, mano!
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