::txt::Leandro Demori::
Finalmente estamos na reta final da campanha eleitoral desse ano. Até que eu não me senti incomodado. A fase pede que eu ignore a TV sempre que possível, então foi tudo muito bem por aqui.
Ontem, por acaso, prestei atenção à propaganda eleitoral forçada entre o JN e a novela. O que mais me incomoda são os jovens da política. Já é comum que todos preguem renovação (até mesmo quem está no poder a prega, de um modo diferente). Mas os jovens são claramente os mais apegados à inovação e renovação, quase sempre sem explicar o que isso quer dizer e nem como pretendem chegar a ela.
Com os partidos políticos cada vez mais iguais (e igualmente ruins), talvez alguma ponta de salvação poderia vir de poucas cabeças, jovens, arejadas, que não entendem a política como ela é, que são menos ambiciosas em termos de projetos; que prometam coisas menores e mais factíves em vez de tentar nos enfiar goela abaixo que uma cidade como Porto Alegre, estagnada desde os anos 70, vá se tornar um lugar minimamente bom em 4 anos. Não, não vai. Para de mentir pra mim que toda vez que tu faz isso eu penso que tu é um aspirante a bandidinho.
Morei por 10 anos em Porto Alegre, onde governos de todos os tipos se sucederam e levaram consigo todos os aliados disponíveis na praça e a única observação que posso fazer é que a cidade mudou exatamente: zero por cento.
Então entrariam os jovens, mas essa gente que aí está no programa de TV, pelo amor de deus.
Não voto no domingo, mas certamente não votaria em alguém como a Manuela, por exemplo, que repete os mesmos clichês e os mesmos trejeitos de políticos com 50 anos de paletó pendurado. Isso não é mudança ou renovação, é só fazer uma cópia autenticada pra substituir um documento velho.
Boa sorte, Porto Alegre. Vai precisar.
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