::txt::Monsenhor Jucá::
Fulano, por motivos óbvios não poderei dizer o nome, carregava esse estranho apelido com muito pesar em seu caráter. Uma alcunha tal coal essa sempre era um incômodo babilônico. Em qualquer roda que ele falava, as pessoas já davam um passo pra trás e torciam o nariz junto ao rosto pro lado, prenunciando o famigerado bafo do amigo.
Certo sol ele tava na rua somente com 5 contos na carteira, e a fome apertou. Parou no primeiro butequinho que encontrou, viu o cardápio, tinha caldo de galinha, o mais barato. Seis pila. Carteira dele: cinco...
Pediu arrego pro garção, falou que sentia fome e coisa tal, e o baromem novamente negou o pedido. "Se está escrito SEIS, é porque é SEIS!", bravou. Bafo de Merda se levantou e disse que ia procurar outra lanchonete. Foi embora.
O dono do bar pensou bem, lembrou dum papagaio chato que tinha e chamou o Bafo:
- Eu tenho aqui um papagaio que me incomoda há meses, ele bem temperadinho, bem cozidinho, oh, fica uma delícia. Faço o caldinho do papagaio por 5 pila pra ti, que é gente fina, amizade e pá.
- Feito!
Meu amigo voltou a sua mesa, puxou a cadeira; sentou-se. De repente, sentiu uma cutucada na sua perna, sentiu outra, então olhou pra baixo e viu o papagaio com uma moeda de 1 real no bico.
Mas isso foi bem antes dele casar. Diz o Bug que o apelido de solteira era Bafo de Porra. Não me lembro o porquê.
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