#CADÊ MEU CHINELO?
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quinta-feira, 15 de março de 2012
[agência pirata] A ORGANIZAÇÃO DO MUNDIAL NÃO PODE ATROPELAR OS DIREITOS DAS PESSOAS
::txt::Romário::
Minha relação com o futebol é conhecida no Brasil e no exterior. Desde meus tempos de jogador do Estrelinha, time fundado pelo meu pai na Vila da Penha, alimentei, como muitos meninos brasileiros, dois grandes sonhos: jogar uma Copa do Mundo pela nossa Seleção e ver o Brasil sediar um Mundial. O primeiro eu realizei em 94, ajudando o Brasil na conquista do Tetra. O segundo será agora, se Deus quiser, em 2014.
Esse amor pelo futebol, e o desejo de ver nosso País realizar uma Copa extraordinária, contribuíram para que a fiscalização dos preparativos para o Mundial se tornasse uma das bandeiras do meu mandato de Deputado Federal. Não posso assistir calado aos mesmos abusos que já vimos tantas vezes no Brasil, inclusive na organização de eventos esportivos. Como tenho dito em diversas oportunidades, sei que o dinheiro despejado em obras superfaturadas, em elefantes brancos (o TCU já denunciou que 4 das 12 arenas se tornarão elefantes brancos, como eu suspeitava), vai fazer falta na saúde, na educação, na segurança, na acessibilidade, etc. Não podemos aceitar.
Aliás, não posso aceitar calado que se gaste mais de R$ 1 bilhão para descaracterizar um estádio como o Maracanã. Essa dinheirama poderia, com certeza, ter sido gasta de outra forma, sem transformar em poeira o grande templo do nosso futebol.
Como vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, visitei cada uma das cidades-sede. Vi de perto o que estava sendo feito e, em muitas cidades, o que NÃO estava sendo feito, ou tinha começado com muito atraso. Pude observar que, se muita coisa não mudar, e rápido, não teremos a mobilidade urbana, que era um dos principais legados previstos. Pelo que sei, menos de 30% das obras foram iniciadas. O programa “Mobilidade Urbana”, do Governo Federal, por exemplo, ficou quase parado em 2011. Dos R$ 650 milhões previstos, só 0,02% foi executado! E os aeroportos? Só Rio, Campinas, Curitiba e Natal deram início às obras. É uma situação preocupante. Uma vergonha.
Também acho inaceitável que esses preparativos sejam feitos atropelando os direitos das pessoas, com desapropriações a toque-de-caixa. Será que os cariocas, os paulistas, os cearenses, querem como legado da Copa a favelização? Aposto que não.
Não podemos permitir que a Lei Geral da Copa passe por cima da soberania brasileira para atender aos interesses da FIFA, que só vai ficar aqui um mês. Temos, também, que estar vigilantes para garantir que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo deixem um legado positivo para o nosso povo. Por isso, com o apoio da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de que sou vice-presidente, lutei para garantir a acessibilidade nos estádios da Copa. E fiquei contente por termos conseguido o compromisso da CBF de destinar 32 mil ingressos para pessoas com deficiência. Mas ainda falta muito para o ideal.
Não abro mão das bandeiras que orientam a minha atividade política. Podem me esculachar, se quiserem: nada me tira do meu foco. Nunca me preocupei em ser unanimidade, e sei que quando abro a boca para criticar a FIFA, a CBF, ou a desonestidade de políticos e empresários, não sou apenas o Romário, e sim a voz de milhões de brasileiros.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
[onze do onze do onze] #ROMÁRIOday
terça-feira, 16 de agosto de 2011
[agência pirata] ROMÁRIO ENTREVISTA JORNALISTA INIMIGO DA FIFA E CBF
::ntrvsrt::Romário::
O jornalista escocês Andrew Jennings é repórter investigativo há 30 anos e comanda um programa de grande audiência na TV inglesa BBC. Depois de investigar a máfia italiana, a corrupção na Scotland Yard (policia inglesa), há 13 anos comprou uma guerra com a poderosa Federação Internacional de Futebol (FIFA). Passou, então, a ser o principal inimigo dos dirigentes esportivos internacionais.
Descobriu, entre outras coisas, que as eleições internas são compradas, há manipulação de resultados de jogos e negociatas para a escolha de países-sedes da Copa do Mundo. Reuniu tudo no livro, recém-lançado no Brasil: Jogo Sujo, o Mundo Secreto da FIFA. “São negócios que fariam corar a máfia italiana”, afirmou Jennings.
Romário - Há quanto tempo você vem investigando a corrupção no esporte?
Andrew Jennings - Eu tenho sido um repórter investigativo há 40 anos e 20 anos atrás eu estava investigando a máfia de Palermo e as suas operações na Europa, Reino Unido e América do Norte. Um dia, durante as filmagens em Palermo, fiquei frente a frente com um mafioso muito irritado, que nos mandou parar de filmar.
Esta experiência e entendimento de como as famílias do crime organizado operam foi o treinamento perfeito para o próximo alvo - as federações esportivas internacionais. Eu pensei que este trabalho não iria durar muito tempo. Vinte anos depois ainda estou desenterrando evidências de corrupção - especialmente na FIFA! Não tenho dúvidas de que a FIFA é uma família do crime organizado e que Blatter (presidente da FIFA) mantém a sua influência distribuindo fartamente ingressos da Copa do Mundo.
Romário - Por que está tão interessado em Ricardo Teixeira, na CBF e no envolvimento deles na Copa do Mundo de 2014?
Andrew Jennings - Qualquer fã - ou repórter - tem de estar interessado em quem está hospedando a próxima Copa do Mundo e como os preparativos estão indo. Após a corrupção na África do Sul quando tantos estádios de futebol desnecessários foram construídos - e os lucros que foram para políticos e empreiteiros corruptos – o Brasil, que ainda tem de superar a pobreza, será analisado pelo resto do mundo. Globalmente, não há confiança na CBF.
Há também pouca confiança nas demonstrações freqüentes do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, de que o Brasil não está se preparando rápido o suficiente. Se isso é verdade ou não, de qualquer maneira, observadores internacionais notam a relação calorosa entre Teixeira e Valcke.
O Brasil precisa resistir à pressão da FIFA.
Estou certo de que nos últimos anos, Blatter prometeu a Teixeira que o brasileiro seria o próximo presidente da Fifa. Mas com os dois envolvidos em tantos escândalos, isso é menos provável.
Romário - Quem é Ricardo Teixeira, no contexto do futebol internacional?
Andrew Jennings - Poucos fãs fora do Brasil não reconheceriam Teixeira na rua. Aqueles que o conhecem veem um homem que se tornou rico e poderoso explorando o futebol brasileiro e a FIFA. As notícias internacionais expõem histórias sobre seu envolvimento em contratos duvidosos da Copa do Mundo.
Teixeira está permanentemente envergonhado pelo relatório Dias de 2001 (refere-se ao relatório elaborado pelo senador Álvaro Dias durante a CPI do Futebol), que foi relatado internacionalmente.
"Tricky Ricky ' o apelido de Ricardo Teixeira, está agora se espalhando ao redor do mundo.
Romário - Como o Brasil conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014?
Andrew Jennings - Blatter, o poderoso chefão da mafia, tem que manter seus Sub-Chefes ao redor do mundo felizes. Ricardo queria sua própria Copa do Mundo para saquear. A melhor maneira de Blatter mantê-lo fiel era deixá-lo organizar a Copa de 2014. Depois que a África do Sul foi roubada em 2000, quando perdeu a sede da Copa do Mundo de 2006 - subornos foram pagos em nome da Alemanha – a África ficou furiosa. Blatter apressadamente introduziu a idéia de girar a Copa do Mundo entre os continentes. Em seguida, a África do Sul conseguiu sediar o evento em 2010 e 2014 foi prometida à América do Sul. Vocês (brasileiros) têm que descobrir que negócios foram feitos secretamente entre Teixeira e o resto dos países que formam o Comnebol.
Romário - Você se refere aos segredos em Zug? O que é essa história?
Andrew Jennings - Este é o grande escândalo da FIFA, maior do que qualquer outro que a instituição já se envolveu. Um verdadeiro espectro que tem assombrado Blatter, Teixeira e João Havelange na última década. Nas duas décadas passadas foram pagos grandes subornos por uma empresa suíça de marketing esportivo em retorno por terem sido concedidos contratos lucrativos para a Copa do Mundo FIFA. Essa empresa, ISL, foi à falência no início de 2001 e os gângsters na FIFA têm tentado desesperadamente, desde então, minar as investigações realizadas por promotores criminais.
Romário - Que tipo de suborno estamos falando?
Andrew Jennings - Sentei em um tribunal suíço em março de 2008 e ouvi um juiz revelar que a ISL havia pago cerca de US$ 100 milhões em subornos para obter os seus contratos. Os repórteres no tribunal ficaram surpresos com o valor. $ 100 milhões em subornos! Esta seria a maior história de corrupção na história da FIFA - e talvez do esporte mundial.
Romário - E as investigações continuaram?
Andrew Jennings - Esse caso tratava como os administradores da ISL tinham se comportado mal. As investigações da polícia continuaram em relação aos subornos e o caso foi resolvido fora do tribunal, no verão do ano passado - o anúncio foi feito durante a Copa do Mundo na África do Sul e teve pouca atenção. A declaração formal do procurador em Zug disse: juiz de instrução Thomas Hildbrand, em agosto de 2008, começou uma investigação sobre alegações de que certos membros do Comitê Executivo da FIFA receberam propina em contratos de marketing. Após cinco anos de investigações os acusados concordaram em pagar CHF5.5million e o caso foi encerrado."
Romário - O que isso significa, em poucas palavras?
Andrew Jennings - Os três alvos da investigação tinham que confessar que sabiam sobre os subornos e que dois deles tinham aceitado propinas. Pagaram uma parte do dinheiro e, assim, garantiram o sigilo de suas identidades. Essa é a maneira suíça judicial de resolução de alguns casos criminais.
Romário - E a história acabou?
Andrew Jennings - Certamente que não. Nosso dever como jornalistas da BBC foi para descobrir quem havia admitido tomar o suborno. Sentimos que o mundo tinha o direito de saber.
Romário - Então o que você fez?
Andrew Jennings - Como todo repórter faz, nós fizemos inquéritos confidenciais na Suíça e soubemos muito mais. Assim, em 23 de maio deste ano eu apresentei um programa Panorama BBC no qual dei o nome do Ricardo Teixeira e do João Havelange como os dois funcionários da FIFA que haviam admitido ter recebido subornos. Eu também denunciei a FIFA - e aqui nós só podemos estar falando de Blatter - admitindo que o dinheiro devido à FIFA, da ISL, tinha sido desviado em subornos.
Romário - Você tem sido justo com Ricardo Teixeira?
Andrew Jennings - É claro. A BBC insiste que qualquer pessoa denunciada em um programa tem tempo suficiente para responder às acusações e nos conceder uma entrevista. Para ambos os programas nos quais citamos Teixeira - novembro do ano passado e maio deste ano - enviamos dois e-mails cada vez, informando-o das nossas alegações e convidando-o a participar do programa para contar o seu lado da história.
Romário - Como ele reagiu?
Andrew Jennings - Ele nunca respondeu. Ele ignorou e não aproveitou a oportunidade para negar qualquer coisa. Ao contrário, ele atacou a BBC e o jornalismo britânico como "corruptos. 'Isso não é resposta para denúncias tão sérias e graves que estão documentadas.
Quais são os documentos que você tem para provar que Teixeira - e Havelange - aceitaram suborno?
Para o nosso programa em novembro do ano passado consegui uma lista de 165 subornos pagos pela ISL a à maioria dos funcionários da FIFA - os US $ 100 milhões. Nós mostramos a lista na TV - destacando os nomes de Teixeira e Havelange. Nós também temos mais evidências de que Teixeira tinha aceitado cerca de US$ 10 milhões por meio de uma empresa chamada Liectenstein Sanud.
Romário - Por que foi tão importante?
Andrew Jennings - No relatório do senador Alvaro Dias, de 2001, sobre a corrupção na CBF, o parlamentar brasileiro identificou esta empresa estrangeira (Sanud) como sendo a fonte de dinheiro que foi para Teixeira. Mas ele não conseguiu descobrir e rastrear onde Sanud conseguiu o dinheiro. Mas nós encontramos - muitas vezes - na lista de propinas pagas pela empresa ISL. Assim, o dinheiro era lavado da Suíça para Liechtenstein e depois para o Brasil. Continua sendo uma decepção que o Ministério Público brasileiro não tenha agido sobre o as revelações do relatório apresentado pelo senador Álvaro Dias.
Romário - O que pode acontecer agora?
Andrew Jennings - Investigamos e descobrimos que na lei suíça, é possível obter o relatório secreto da polícia revelando quem recebeu o suborno. Agora temos de convencer um tribunal suíço que é de interesse público a divulgação desta evidência. Isso vai acontecer - há um precedente legal importante.
Romário - O que você está fazendo para provar que Teixeira é um dos que aceitaram suborno?
Andrew Jennings - A BBC e alguns meios de comunicação suíços - e eu acredito que um jornal brasileiro - começaram um processo judicial formal na Suíça. O Ministério Público em Zug diz que está preparado para divulgar as provas, mas ele está sendo contestado pelos homens acusados. Eles (os acusados) estão gastando grandes somas com advogados suíços para argumentar contra a publicação desta informação.
Parte do processo é que nos são dadas cópias das razões pelas quais a publicação está sendo bloqueada. Os advogados suíços dizem que seus clientes sofreriam "cobertura negativa da imprensa." Sua reputação seria "danificado irreparavelmente." Eles podem até sofrer 'roubo ou seqüestro. "Estas cartas, judicialmente legais, identificam a FIFA, mas os outros dois homens são chamados de B2 e Z . A partir das descrições dadas temos evidências adicionais de que eles são Ricardo Teixeira e João Havelange.
Romário - Quanto tempo levará para o relatório secreto ser revelado?
Andrew Jennings - Pode demorar até 12 meses. O tribunal de Zug nos apoiou em 24 de maio, e agora os bandidos estão apelando para a próxima esfera. Eventualmente, ele vai acabar no Supremo Tribunal de Lausanne e estamos confiantes de que vamos obter os documentos e os culpados serão expostos.
Romário - Qual é a importância disso? O último suborno foi pago no início de 2001?
Andrew Jennings - As implicações são enormes. FIFA e os dois brasileiros serão expostos como bandidos. O mundo vai aprender que o homem encarregado da Copa de 2014 é corrupto. O dano à reputação do Brasil será imensa.
Romário - O que o Congresso do Brasil e o governo brasileiro devem fazer?
Andrew Jennings - É o momento para a presidente Dilma Rousseff tomar medidas para encerrar este escândalo. Meu conselho é que ela deve chamar Teixeira e dizer: 'Por favor, venha ao meu escritório - e traga todo o processo que corre na Suíça com você. Eu quero ver esse relatório secreto e toda a correspondência na qual você está tentando bloquear da divulgação da mídia de alguma coisa de que você está sendo acusado de ter feito. "
Romário - E se ele se recusar?
Andrew Jennings - Então ele deve ser despejado rapidamente de qualquer parte da organização de 2014. E deve ir com sua família e aliados. Uma faxina no Comitê Organizador Local. Há uma abundância de talento no Brasil para substituí-los e produzir um grande torneio com o orçamento disponível.
Romário - O que mais pode ser feito?
Andrew Jennings - O Congresso Nacional também deve pedir para ver estes documentos suíços. E o Governo, por meio do Ministério das Relações Exteriores, também deve requerer junto ao governo suíço que os documentos se tornem públicos. É do interesse nacional do Brasil saber o que está acontecendo.
Romário - Ricardo Teixeira afirma que a BBC é controlado pelo governo britânico.
Andrew Jennings - Isso é um absurdo e ele deve saber isso. A BBC é totalmente independente de qualquer governo. Você deve se lembrar que, quando estávamos preparando o nosso programa em novembro do ano passado, o primeiro-ministro britânico David Cameron nos atacou por causa dos danos que poderiamos causar à candidatura dele na Inglaterra. Ele pareceu não compreender que a Inglaterra não pagar subornos, nunca poderíamos vencer.
Romário - Mas Ricardo Teixeira também diz que seus programas na BBC que o identificam como corrupto representam uma vingança porque a Inglaterra perdeu a sede da Copa do Mundo de 2018?
Andrew Jennings - Isso é um absurdo. Fizemos nosso primeiro programa expondo a ISL subornos aos altos funcionários da FIFA em Junho de 2006! O segundo programa, sobre as propinas pagas pela Alemanha, foi exibido em 2007 e o primeiro a identificar Ricardo Teixeira foi transmitido em novembro passado, três dias antes da votação para 2018 e 2022. Nosso dever como livre e independentes jornalistas britânicos foi para avisar o que iria acontecer na votação. E assim foi. E, claro, nós fizemos esses programas para demonstrar para a Inglaterra e para o resto do mundo que a única maneira de ganhar o direito de sediar o torneio é pagar subornos.
Romário - Algo mais a acrescentar?
Andrew Jennings - Adoro visitar meus amigos no Brasil e estou ansioso para um grande torneio no Brasil, em 2014, com o Ricardo Teixeira fora da organização. E que todos os orçamentos sejam públicos - para evitar a corrupção. Assim teremos uma grande festa!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
DUNGA: A TPM QUE NÃO PASSA
:txt: Bruno Mazzeo__
Pronto. Já formei minha opinião: acho o Dunga um mala. Mala no sentido mais possível da expressão. Sem alça. De papelão em dia de chuva. Praticamente um contêiner. Não cabem aqui críticas ao seu trabalho, muito já se falou disso e todo mundo sabe que nossa caminhada rumo ao hexa vai ser com um Felipe Melo aqui, um Josué acolá. Falo da sua postura. Arrogante, prepotente e, no mínimo, mal-educado. Não necessariamente com os jornalistas que fazem as perguntas e considerações que tanto o deixam irritadinho, mas com o público, os torcedores brasileiros que querem e têm o direito de ouvir suas considerações, por mais idiotas que possam ser.
Uma das mais perfeitas expressões populares é "não sabe brincar, não desce pro play". E Dunga não só não sabe brincar, como ainda recolhe os brinquedos quando perde. Como uma criança mimada. Não me lembro de um técnico da seleção que não tenha sido questionado, ainda mais se tratando de um país onde todos são técnicos. Seja a falta de ponta do Telê ou a retranca do Parreira, nunca houve uma unanimidade. Nem vai haver. Até mesmo Zagallo, o maior vencedor de todos, teve que berrar para ser engolido. Cabe ao questionado usar argumentos para explicar suas decisões. Como fez o Felipão falando o porquê de deixar o Romário de fora, quando todo o Brasil clamava pelo Baixinho. Concordando ou não, era uma explicação, um raciocínio, uma lógica. Respeita-se e pronto.
Dunga não aceita críticas e nem justifica nada. Em vez de argumentos, usa sua cara de mau, seus erros de concordância e - mais recentemente - um ou outro palavrão. Me parece que o rancor pelas críticas surgidas em 90, começo da Era Dunga, ainda não foram superadas. Ficaram impregnadas dentro dele, como se tivesse eternamente que provar alguma coisa. Ora, isso já passou. Ou deveria. Logo na Copa seguinte, quando virou capitão, líder e, com toda a justiça, ergueu a taça. Ali as bocas já tinham sido caladas. Ele continuou xerife da seleção, respeitado e mesmo admirado pelos torcedores. Encerrou a vitoriosa carreira de jogador e, ao começar a de técnico, trouxe de volta a raivinha.
Claro que a responsa por ter contrariado a nação com sua convocação mediana tem um preço. Nem que seja o das críticas. Até voltar com o hexa e calar a boca de todo mundo. E essa é a resposta que queremos. Porque, quando a bola rola, todo mundo esquece que o Felipe Melo tá ali e torce como se fosse o Ganso. Assim como ninguém mais fica enchendo o saco do Felipão por ele ter preterido Romário. Preço que ele ia pagar caso não ganhasse o título. Como Parreira pagou na última Copa com a insistência nos veteranos que arrumavam meiões e não tinham comprometimento.
Que TPM é essa que não passa nem depois de uma vitória "convincente" como a contra a Costa do Marfim? As aspas foram porque, a mim, não convenceu tanto. Desculpe o mau humor. Acho que baixou um Dunga por aqui.
Continuo achando o time brasileiro assim assim. Mas como é assim assim a Copa, temos chances de voltar com a taça. E Elano, com dois gols em dois jogos, é a consagração do jogador mediano.
Acho que foi Camarões, em 90, a primeira seleção africana a encantar o mundo com sua alegria. Depois vieram Nigéria e até mesmo Senegal. Os africanos viraram o América, o segundo time de todos nós. Mas de um tempo pra cá, não só esqueceram a alegria, como passaram a usar da raiva. O que fizeram os jogadores da Costa do Marfim contra o Brasil foi revoltante. Se fosse no Maracanã, sairiam de campo aos gritos "timinho". É a globalização da Era Dunga.
Totalmente injusta a expulsão do Kaká. Não houve nenhum revide, nenhuma peitada, nada. Ele simplesmente vacilou ao não ficar invisível para deixar o cara passar. Ou talvez tenha sido o fato de ele ter xingado o zagueiro africano de "cabeça de melão".
Que golaço o do Luís Fabiano, hein? Por mais que tenha sido um gol(aço) de pelada, levou até o juiz a abrir uma licença poética e fingir que não viu seus toques de mão. Um gol daqueles não merece ser anulado.
Só não foi mais bonito do que o do Vivinho. Lembra?
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