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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CALDEIRÃO BH



# conection #
Festival 53HC


txt: Alan Lopes
phts: Alan Lopes e Fernanda Torquetti



No último final de semana Belo Horizonte foi palco de um dos mais importantes festivais de música independente do país, o Festival 53HC, organizado pela loja/selo 53HC, comandada por Barth Ramos, este ano completou 10 anos de existência em grande estilo.

Na sexta-feira, com alguma chuva, conseguimos chegar ao local dos shows. Avistamos de início alguns gatos pingados, tomamos uma cerva quente na porta, e caímos pra dentro. A primeira banda a ser apresentar foi In verso, seguida da Monno e The Folsoms, figuras carimbadas do cenário independente mineiro. Logo em seguida tocaram os curitibanos do Hillbilly Rawhide, trazendo pro público Rockabilly de BH a nata do estilo, diga-se passagem o que não faltaram foram os topetes no meio da galera que tinha ido na sexta. Trouxeram pro palco, além de muita diversão, músicas autorais, através de um contra-baixo e um violino de fazer inveja a muita orquestra sinfônico e levaram o povo ao delírio com uma versão de Highway to Hell do AC/DC.



Terminada a apresentação, o público ainda tava eufórico, quando então entra no palco os hermanos do Motorama, com seus topetes asseados e uma presença de palco fantástica, o trio argentino tocou para um público louco, cantando em coro, os já clássicos da banda, Chicas Finas, Crisis e No Surfrise. Com certeza quem esteve presente no show desses hermanos, ficou com um gostinho de quero mais.



O público ainda estava se recompondo do estrondo que foi o Motorama, quando é anunciada a entrada dos conterrâneos do Manda-Chuva, Jucá, Cachorro Grande, que apesar de estarem lançando seu novo CD, Cinema, tocaram clássicos da banda como Dance, Hey Amigo, Dia Perfeito, Conflitos Existenciais, e no rol das novas tocaram A Alegria Voltou, Amanhã e Ninguém lembra mais de você. Confesso que não estava esperando muito dessa sexta, a galera que subiu no palco mostrou tudo que sabia. Quem acompanhou a festa junto conosco foi a galera do Skank, Henrique Portugal e Lelo Zaneti. Quando terminou os shows já varava a madrugada, e com certeza a expectativa para o sábado estava em alta.

Depois de ter dormido até tarde, estudado e ver mais chuva cair, eu e minha companheira de todos os frevos, como chamam qualquer festa na minha terra, encaramos o percurso novamente para o segundo dia de festival. Fomos agraciados pelo atraso nos shows, fato que também ocorreu na sexta, e, diga-se de passagem, motivo de muita reclamação por parte do público presente.

Como de praxe, as primeira bandas a ser apresentar foram bandas de casa, Deco Lima e o Combinado com sua levada funksoulpunkhiphopsamba e Transmissor, com uma pegada mais pop. No entanto, com o público ainda tímido e pequeno.



O aspecto mudou quando se viu no palco, uma moça com roupa preta de vinil e meia-calça de oncinha, um rapaz topetudo e um baterista de óculos moderno, era o pessoal do Autoramas que começava a botar fogo no palco. A galera toda dançou, pulou e cantaram embalados pelo carisma e energia da banda.



Depois de toda agitação, os belorizontinos puderam curtir um pouco mais de introspecção e muita viagem com os Nova-iorquinos, do Zigmat. Liderados pela bela Mônica Rodriguez, esse grupo que conta com uma miscelânea cultural, retratada na essência de sua musica, mostraram influências que vão do rock à musica eletrônica.



Apesar dos atrasos para o início dos shows, os cariocas do Canastra, atual banda do Rodrigo Barba (ex-los hermanos), fizeram o show mais empolgante da noite, com direito a cover de Redemption Song de Marley. Confesso que não havia escutado ainda, no entanto, sem poder reclamar, porque Canastra é uma daquelas bandas que quando começam a tocar coloca qualquer um pra dançar, ou pelo menos perplexo, cheios de ginga, com um trio de metais fantástico, foi certamente a melhor experiência do festival.

Quando o povo do Canastra saiu do palco já passava das 4:00 horas da matina, horário de verão começando e muita gente já cansada, mas super pilhada pra ver as próximas atrações da noite.



Tocando em seu quintal, Black sonora subiu no palco mais uma vez para animar a festa, destaque para Mâdera, Capoeira Mata um e Treta, que contou com a participação de Renegado.



Quando o Mundo Livre S/A subiu era visível o cansaço da galera, inclusive meu, no entanto, muita gente cantou junto com Fred 04 e companhia, em comemoração ao quinze anos de lançamento do memorável e histórico Samba Esquema Noise. Toda galera cantou Manguebit, Homero, o Jankie, Mêlo das Musas, O mistério do Samba e lógico, Samba Esquema Noise. Confesso que fui embora antes da última música, por já havia passado das 7:00 da manhã, meus pés doendo e com um sono dos infernos. Foi massa ver o M.L.S.A, além de ter batido um papo com os caras, Tom Rocha (Academia da Berlinda) me informou que pretende trazer pra BH sua banda, dependendo apenas de fechar um contato, me deixando eufórico só de imaginar.

Este foi o primeiro fim de semana de festival, que terá continuidade no próximo dia 24/10 e 30/10, com as bandas Ratos de Porão, DFC, Devotos e Móveis Coloniais de Acaju.

To be continued...

2 comentários:

  1. Salve Alan!

    Legal demais o post... e sábado foi fino demais, apesar do super atraso no horário... ver a galera ainda resistente nos ultimos shows foi lindo.

    Yuga

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  2. Poutz!

    Super guerreira a galera!!
    Valeu a pena.


    Aquele Abç!

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